Não quero mais que passes fronteiras para ti sempre invisíveis, que conheças todos os cantos e recantos do meu mundo e que nele possas agir como se fosses dono e senhor. Não quero mais sentir-me em casa nas tuas palavras, conseguir prever atitudes e ler jeitos e trejeitos.
Nesse mundo que é o teu, quero esquecer o nome das diferentes paisagens que possui, não ser capaz de distinguir os dias nebulosos dos ensolarados nem saber onde todos os rios nascem e desaguam.
Quero refugiar-me em mim, cercar-me de muros bem altos que impeçam a tua entrada e deixar que o esquecimento engula essa passagem secreta que sempre uniu estes dois mundos entre os quais deambulo e conheço demasiado bem.
Hoje quero fazer o impensável e abandonar aquilo que tantas vezes foi o motivo de todas as decisões e o empecilho em todas as tentativas de fuga. Porque hoje a ausência é maior do que o orgulho no “nosso não sei quê…”, daquele algo que transcende as palavras e recusa qualquer tentativa de explicação…quero perder-me pelas ruas do esquecimento e não ser capaz de recordar o caminho de regresso ao meu porto seguro.
Porque hoje a emoção leva a melhor na eterna luta com a razão, quero abrir mão de tudo e simplesmente esquecer…
Oi minha amiga :), ás vezes o melhor é esconder-nos no nosso mundo, onde ninguém pode ver nem sentir o que somos nem o que transparecemos ser. O facto de estar entre dois mundos torna mais dificil esconder o nosso eu, porque basta um olhar, um gesto, uma palavra para nos decifrar, e ás vezes as nossas emoções ficam bem guardadas apenas connosco. Mas nem sempre tem de ser assim, porque as vezes também precisamos que um outro mundo leia o nosso pensamento para nunca e nunca estarmos sozinhos nesta jornada que é a vida. Lindo miga :) Sabes que adoro os teus textos... e tens que continuar mesmo a escrever poesia ou não as palavras são tuas e só isso é que importa.
ResponderEliminarBeijinho* (desculpa ficou um pouco grande)