29.11.09

Hoje



Hoje, olho em redor e tudo soa a falso. As palavras que me dizem são ocas e vazias, as atitudes das pessoas parecem-me por vezes, tão mesquinhas e insignificantes. Os dias são monótonos e desprovidos de alegria e eu limito-me a arrastar-me de um dia para outro sem me preocupar minimamente em tentar distingui-los, pois neles faltas tu…
Hoje, esforço-me e concentro-me em recordar memórias e vivências, lembrar quando e porquê ganhaste tamanha importância, quero reter os gestos, as palavras, os sorrisos, quero perceber se sempre foste como te comportas agora, se realmente eram “os coraçõezinhos na minha cabeça” que me toldavam a visão. Mas por mais que me esforce não encontro conclusões satisfatórias que expliquem este círculo vicioso onde me encontro e me possibilitem uma escapatória do mesmo.
Hoje, faltas tu com as tuas palavras para amenizar o cinzento dos dias chuvosos e lhes adicionares algum colorido, para aquecer o meu coração do frio que faz lá fora, para esbater esta saudade da qual fujo e nego sem saber muito bem porquê.
Hoje faz-me falta a pessoa que tão bem já me descreveu, tão bem um dia me conheceu (ou talvez não)...
Hoje...

2.11.09


Se serei capaz de viver sem ti? Não duvido que serei!
Se acho que encontrarei alguém que ocupe o lugar que te havia destinado no meu coração, na minha vida? Claro que sim, ninguém é insubstituível, contundo confesso que não serás decerto das pessoas mais fáceis de substituir, de esquecer…
Como esquecer alguém que está em mim, em todo o que faço, digo ou sou? Como não me lembrar constantemente de alguém cuja voz a minha consciência parece ter-se apoderado e feito dela o seu modo de expressão e me vejo forçada a ouvi-la constantemente nos meus momentos de dúvida ou receio?
Como não sentir falta daquela tranquilidade que apenas a tua companhia, as tuas palavras, a tua atenção… tu eras capaz de me proporcionar?
Como apagar recordações impressas a fogo na minha memória? Mas como não deixar de o tentar fazer se o que hoje vejo me faz duvidar da veracidade das mesmas? Se hoje em ti todo me impele para que o faça?
Assim apenas me resta deixar todas as lembranças, expectativas e esperanças no passado, aceitar que tudo tem prazo de validade e que este já parece ter expirado à muito!