30.8.13

Palavras do passado que poderiam ser as de hoje...

"Hoje é um daqueles dias em que tudo me parece opaco, sem brilho, triste, ou se calhar é só meu estado de espírito que retira a beleza do que me rodeia....
Sinto-me triste, sem um motivo em especial para tal, ou se calhar até sei exactamente o motivo, mas não interessa, hoje estou apática, sem vontade de fazer seja o que for....olho pela janela e vejo que a vida continua lá fora...para o bem e para o mal ela nunca pára....mesmo que me sinta estagnada no tempo, presa no mesmo sítio...
Li em algum sítio algo parecido com isto, que quando o presente nos magoa temos tendência a refugiar-nos num passado onde já fomos felizes...ultimamente dou por mim a fazer muitas vezes essa fuga...mas já não sei se será a melhor solução...sei que em vez de me refugiar no meio de objectos e lembranças que me trazem boas recordações deveria enfrentar o presente, ser forte e ter a esperança que o novo dia traga um novo recomeçar...e é o que tento fazer...pelo menos na maioria dos dias...
Houve alguém que um dia me definiu como «...uma pessoa divertida mas desiludida com a vida...», nunca ninguém me definiu tão bem em tão poucas palavras...é por isso que ultimamente me escondo nas recordações...não é de todo a melhor solução..bem o sei...principalmente porque o sorriso que nasce nos meus lábios é logo substituído por uma tristeza...tristeza por nada ser igual, tristeza por tudo ter mudado tao depressa e eu não conseguir entender o porquê...apenas porque é bem melhor que o presente..."

*imagem daqui.



27.8.13

Palavras que poderiam ser minhas #2

“Há uma verdade universal que todos precisamos aceitar querendo ou não: tudo acaba algum dia (…) eu nunca gostei de finais. O último dia do verão, o último capitulo de um livro, despedir-se de um amigo próximo. Mas finais são inevitáveis. As folhas caem. Você fecha o livro. Diz Adeus. Hoje é um desses dias para nós. Hoje dizemos adeus a tudo que era familiar, a tudo que era confortável. Estamos seguindo em frente. Mas mesmo ao estarmos partindo e isso dói, há pessoas que fazem tanto parte de nós que estarão connosco não importa o que houver. Eles são nosso chão. Nossa Estrela Polar e as vozes em nossos corações que estarão connosco SEMPRE"


Andrew Marlowe/Terri Edda
(Castle 4x23)
*foto: Cindy Rodriguez

26.8.13

...das coisas mais bonitas que algum dia me leram...*

"Se me amas não chores
Não chores ao sentir a minha falta
Não chores por já não me veres sorrir
Se me amas não chores
Hoje sobre os anjos me sento
E estou feliz aqui em cima
Vejo melhor ainda o teu talento
Vejo tudo sobre um melhor clima
Se me amas não chores
Não te despeças de mim,
Não por favor,
Tenho um lugar reservado para ti
Sem ser bem dentro do meu interior
Tenho uma poltrona bem cómoda
Para que te sentes do meu lado
Para que juntos possamos viver
E recordar todo o passado
Tenho um pedido a fazer-te
Olha por quem eu mais amo
Pois seja na terra ou no céu
É por essas pessoas que eu sempre chamo
Se me amas não chores
Eu não parti,
Não vejas tudo como uma despedida
Eu estou aqui
Para te curar dessa ferida
Que por ela tanto choras
Que por ela tanta dor dizes sentir
Lembra-te,
Lá de cima serei eu que te irei fazer sorrir
Quando olhares para o céu
Alegra-te e sorri
Por teres lá alguém
Que está a olhar por ti.
Por favor...

Se me amas não chores!"

(I will try, I promiss you, that...)

*..ouvido hoje durante a missa e encontrado aqui.
**...mas eu chorei, muito mesmo...

24.8.13

Uma semana depois e ainda dou por mim a duvidar se foi mesmo real e não apenas fruto da minha imaginação, dou por mim à espera de uma chamada ou uma mensagem para irmos tomar café ...
Uma semana depois e estás presente mais do que nunca no meu pensamento, tudo à minha volta me faz recordar-te, os lugares por onde passamos que parecem invocar ainda mais, as memórias; a lista de filmes que um dia me recomendaste e que no placard do meu quarto vai ficando esquecida, pois já não terei com quem trocar opiniões; a minha prenda atrasada de aniversário que tão bem disposta me deixou na altura... e que hoje permanece intocada.
Perguntam-me incessantemente como estou e eu, incessantemente respondo o que sei quererem ouvir, pois a verdade é que no fundo não sei como estou...vazia talvez, despojada de qualquer mínima alegria que antes tão facilmente era capaz de encontrar, com um aperto constante no peito que não consigo aplacar...
Nunca antes perdi ninguém que me fosse tão próximo, tão repentinamente, não consigo chorar-te, pelo menos não, como acho que deveria, como  acho que merecias...e tal facto faz-me por vezes ter medo que no fim de contas acabes por ter razão e esta, seja a prova de que se calhar não me eras assim tão importante...
Fecho os olhos e tento afastar estas dúvidas, refugiando-me na certeza que foste, como poucos, crucial na minha vida nos (para sempre escassos) anos, que dela fizeste parte...
Tento seguir em frente, viver um dia de cada vez, esperando que o amanhã seja um pouquinho melhor, que me seja possível voltar a alimentar-me em condições, que a vontade de dormir a grande maioria do dia passe e que os meus olhos não humedeçam inesperadamente, mil e uma vezes ao dia...
Escrevo, tentando reflectir o que me vai na alma, mas nada do que fica impresso na folha de papel, chega sequer perto de o transmitir...

"The stars that shine strongest are those which burn faster."
Gossip Girl

*imagem encontrada na Internet, desconheço a sua autoria

isn't it ironic?

....que a grande maioria dos textos que um dia te escrevi...descrevem praticamente o turbilhão de sentimentos que me caracteriza à uma semana?

20.8.13

17.03.2009

"Ele é perfeccionista, a pessoa mais teimosa do mundo, viciado em cinema, fã d’O Senhor dos Anéis, de tal forma racional que poderia por vezes parecer frio, mas principalmente, tão optimista que parece querer contagiar tudo e todos dessa forma…
Ela é tímida, a pessoa mais complicada do mundo, viciada em séries, fã do Harry Potter, completamente emocional que nunca consegue tomar uma decisão racional, mas sobretudo tão negativista que é capaz de irritar qualquer um…
Como é que estas duas pessoas tão diferentes, de mundos tão distintos, se cruzam, estabelecem e fortificam uma amizade de forma tão rápida, tão intensa, tão única?
Ele acha que na altura em que se conheceram ambos precisavam de um amigo, um amigo verdadeiro, que reconheceram um no outro…
Ela acha que no fundo foi por ele não ser assim tão perfeccionista, tão teimoso, tão racional ou optimista…
Porque apesar do seu elevado grau de exigência aceitou-a, sim, não sem antes a tentar mudar, sim, não sem antes a ter mudado, mas no fim aceitou-a como ela é, ou será que não? =)
Porque no fundo ele dá “o braço a torcer” quando sabe que não tem razão…
Porque afinal até é emocional como qualquer comum mortal…
Porque nem sempre consegue mostrar-se tão optimista como aparenta ser…ou talvez seja apenas a opinião dela…=)
Ela acha que talvez tenha sido as afinidades que encontraram entre tanta diferença…a fotografia por exemplo…ou então se calhar ela até nem fosse tão complicada assim e tivesse facilitado as coisas…
Mas talvez não tenha sido nada disto…apenas uma questão de sorte talvez?
Uma partida do destino quem sabe?
Mas também a quem interessará…?"

(...e ficou tanto por dizer, tanto por fazer, tanto por viver! I miss you so much...)


"Ela -...resumindo e concluindo, eu sou esquisita, tu és esquisito 
e a nossa amizade é esquisita...
Ele -...eu diria assim, o mundo é esquisito...
nós somos normais!"

18.8.13

Para ti… (estejas tu onde estiveres):


Para ti hoje mais uma vez escrevo, quebro a minha promessa de anos de aqui não voltar a publicar uma única palavra sobre ti…porque no fim de contas tornaram-se irrelevantes, todos os motivos que me levaram a promete-lo…
Criei este blog por tua causa, escrevi dezenas de textos exclusivamente para ti e nenhum me custou tanto como este…
Para ti hoje uma vez mais escrevo, na esperança que o turbilhão que me consome faça algum sentido, que cada palavra traga nela a chave que finalmente destranque as comportas que me prendem o choro, que imponham alguma ordem na confusão da minha mente, alivie o aperto no peito e que por fim consiga resignar-me com a situação…
Sinto-me oca, completamente vazia, não consigo chorar ou sequer pensar direito, espero sinceramente que a minha fé perdure sobre o teu ateísmo onde quer que te encontres, e que consigas sentir o quão contigo afinal sempre me importei, mesmo que todos os meus mecanismos defesa por vezes te induzissem o contrário…
Para ti hoje uma vez mais escrevo porque é por de mais difícil acreditar que nunca lerás o que quer que seja que deste desabafo saia. Não consigo acreditar (e muito menos aceitar) que já não estejas aqui, que não te voltarei a ver e o teu sorriso malandro com as covinhas que eu tanto invejava…
Quem vai agora desafiar-me a ser mais e melhor sempre, com a mesma determinação irritante com que tu sempre o fizeste? A quem poderei eu pedir conselhos sobre que filmes ver e livros ler, que me façam “pôr os neurónios a funcionar”? Como vou eu agora provar-te que uma vida plena de sentimento e emoção (por muito dolorosa que seja) é sempre preferível a uma movida apenas pela razão?
Não sei nem nunca soube lidar com este tipo de situação, as palavras perdem qualquer significado e os gestos pouco parecem aplacar a dor de saber que não estás mais aqui, quero estar presente para o nosso circulo de amigos e garantir que o mesmo esteja bem dentro do possível e depois então pensar em mim…mas tenho medo que ao fazê-lo me negue o direito de te chorar devidamente e por isso, agora, no escuro do meu quarto te escrevo…
Para ti hoje mais uma vez escrevo, para te agradecer teres feito parte da minha vida nos últimos…5 anos (apenas? Parecem tantos mais…), por me teres fascinado e incitado a ser um ser humano melhor, a ver as nuances coloridas no cinzento da minha vida, por (mesmo que erroneamente e de um jeito torto) me teres mostrado o que é gostar de alguém a sério e que no fundo o desejo de ser feliz que eu tanto perseguia, há muito já se tinha concretizado. Obrigado por seres um dos meus melhores amigos, te mostrares disponível e presente mesmo fisicamente longe, pela preocupação em me “tirares da terrinha” que sempre me fez revirar os olhos, por me incitares a mudar sem nunca duvidar do que eu era capaz...pelos inúmeros cafés e horas de conversa sobre tudo ou sobre nada…
A carta vai longa e sinto que ainda não consegui descrever minimamente 1/3 daquilo que sinto ou daquilo que inevitavelmente acabou não sendo dito…talvez amanhã volte a tentar e tenha mais sucesso…
Para ti, hoje uma vez mais escrevo por que a  ideia que todos os teus sonhos e desejos tenham sido para sempre condenados ao incumprimento, devido a uma morte trágica e tão estúpida é insuportável…porque a vontade de ter bater por tamanha irresponsabilidade (mesmo que provavelmente nem tenha sido tua) apenas não é maior do que a vontade que tenho de te abraçar e te ouvir dizer que foi um mal-entendido, um engano, que está tudo bem, para não me preocupar…


Já me fazes falta e acho que nunca me vou habituar a isso…

"A vida ensinou-me a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração."
Charles Chaplin

3.8.13

Eu e o amor II

Já falei sobre o que para mim é o amor aqui...e é provavelmente por esta visão tão "cor de rosa" do mesmo que continuo sozinha...sou exigente neste quesito, muitos dirão mesmo que demasiado intransigente ou até "antiquada" sobre o que uma relação deve (ou não) representar para as duas pessoas que dela fazem parte..
Sim, escolho permanecer sozinha quando a única alternativa a essa solidão seria uma relação vazia, por "conveniência" ou quando o tal almejado amor só parece existir de uma da partes...
Não sou o género de pessoa que receia acabar os seus dias sozinha (prefiro mil vezes a minha solidão do que ter uma relação apenas "porque dá jeito"), sou complicada (na maioria das vezes até demais) e casmurra...mas acredito que se ainda não aconteceu foi porque ainda não foi o momento certo e que quando e se tiver que acontecer, o meu príncipe (des)encantado aparecerá...e isso permite que na maioria das vezes lide bem com todos os comentários do género: "então mais ainda estás solteira?" ou "já estás um bocadinho atrasada não? Olha a tua irmã, mais nova e passou-te a perna" que inevitavelmente a família e/ou os amigos  acabam por fazer...
Contudo há dias que nem sempre é assim tão fácil...há dias que a companhia dos "meus" me é insuficiente para preencher aquele "não sei quê" que a minha mente teima em achar que me falta....dias em que me vejo "a mais" (mesmo que por vezes apenas na minha cabeça) entre os cada vez mais casais do meu circulo próximo de afectos, dias em que tenho a nítida sensação de que permaneço irremediavelmente estagnada no tempo enquanto que à minha volta tudo avança e invariavelmente se transforma...há dias como o de hoje em que os pilares das minhas convicções se sentem ameaçados e uma incerteza enorme me assola...


"Ser solteiro não significa que você não sabe sobre o amor...
Significa que você sabe o suficiente,
para não perder o seu tempo com qualquer pessoa."
Guilherme Assemany

*Foto encontrada aqui: http://favim.com/image/288649/