22.4.11

Menina de olhar sonhador

- Menina de olhar sonhador, desça dessa sua torre e conceda-me uma oportunidade de a corte lhe fazer…
- Caro galanteador, não percebe que se o fizer toda a graça se perde? Se for fácil e acessível o caminho por nós partilhado, permanecerá quando a primeira barreira nele se interpor? Contarei com a sua mão quando escorregar? Dará o mesmo valor a algo tão facilmente conquistado como daria a algo que o relembra-se diariamente o quão difícil foi conquista-lo? Veja bem, não é por excesso de orgulho, altivez ou vaidade que não acedo ao seu pedido…é apenas por saber não ser capaz de ao seu lado permanecer se não tiver a certeza que o nosso amor não vacilará ou perecerá ao primeiro dissabor.
- Mas menina não teme acabar sozinha de tanto complicar e querer o amor explicar?
- Se realmente me cativar perceberá que a solidão não me assusta, aliás é sempre preferível ao vazio de certas relações, posso até para sempre permanecer sozinha entre tantas idealizações do par perfeito feitas mas pelo menos não ficarei presa nesse ciclo vicioso e por vezes tão destrutivo que dá pelo nome de amor…
- Desculpe mas não a consigo perceber, mas eu apenas amo pelo simples prazer que me concede a pessoa amada, não procuro razoes, lógicas ou explicações em todo esse processo!
- Então não merece que eu me canse a descer esta escadaria para ir ao seu encontro…também eu amo pelo mesmo motivo, apenas a maneira de amar é que é distinta! Não consigo gostar do que não percebo ou entendo e para tal preciso de o analisar e se realmente um ao outro estivéssemos destinados, não necessitaria de lho explicar!






"In order to be irreplaceable, one must always be different."
Coco Chanel

11.4.11

Palavras que poderiam ser minhas...



“Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Grave e metódica até à mania, atenta a todas as subtilezas de um raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de ser um D. Quixote fêmea a combater moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num dar de mim própria que não acaba, que não desfalece, que não cansa.” (Florbela Espanca)
















Porque poderiam ser palavras minhas, porque há pouco mais de um ano me ofereceram um livro desta senhora em cuja a poesia me revejo muitas das vezes...

ODEIO

ODEIO que nos momentos importantes da minha vida....estando tu mesmo ausente, continues presente no meu pensamento e vontade de te ter ali....=/