29.12.11

De 2011

No baú das memórias,  de 2011, quero guardar:
*os jantares e saidas com muitas garagalhadas e música à mistura.
*a  emoção da MINHA semana académica
       -o nó na garganta do jantar de curso
       - o choro e os abraços da serenata
       - a noite dos Xutos
       -o baile pipi
       - a cerimonia da queima, com lágrima no canto do olho e o eco constante das ausências tão importantes
       - a loucura do cortejo
* todas e cada uma das pessoas que se eternizaram nas minhas fitas e no meu coração
*todas as pessoas  maravilhosas que redescobri
*a mensagem de "feliz aniversário" que não recebi (e não esquecer quando o coração mais saudades sentir)
*todas as contrariedades e dissabores que me obrigaram a ser mais e melhor
*as lágrimas e noites em branco com que as desilusões me brindaram
*a aprendizagem pessoal que o meu estágio me trouxe
*a necessidade em que se tornou o voluntariado e as pessoas para e com quem o faço
*uma conversa tida sob o olhar das estrelas
*o pseudo trabalho de verão
*a "mãe" que cuida de mim só porque sim
*a prenda da afilhada feita especialmente para mim
*o dia em que percebi que te "esqueci"...



(excepcionalmente sem citação)

23.12.11

Mero desabafo

Porque dias há em que precisamos/queremos um pouco de atenção, um abraço sentido e um "continuo aqui" que nos dê alento para continuar...
Porque por muito que tentemos há coisas que não dá para remediar, o tempo é uma delas, e aquela amizade, as afinidades que nos ligavam parecem ter ficado bem lá no passado. As conversas fluem tão facilmente, mas aos meus ouvidos chegam  como se apenas de ruído de fundo se tratasse, histórias onde eu não estive presente, são contadas e planos que não me incluem começam a ganhar forma...
A mim só me apetece fugir dali, gritar bem alto e deixar que no escuro do meu quarto as lágrimas levem com ela toda esta dor que me atormenta...
Porque há dias em que nos sentimos a mais num grupo de amigos, há dias em que percebemos que já não os conhecemos de todo, há dias em que finalmente entendemos que "amigos" só o são ainda na nossa cabeça e no nosso coração...
(Sobretudo há dias em que percebemos como a  demonstração de preocupação por parte de alguém era tão importante para nós)

22.12.11

No meu mundo...

No meu mundo, sou princesa se assim o quiser, uma princesa forte e corajosa ou insegura e frágil, dependendo da ocasião.
Tenho um castelo enorme, cheio de passagens secretas e muros bem altos, construídos com todas as pedras que se vão cruzando no meu caminho, que me protegem das investidas de inimigos cruéis e que resiste de forma calma e serena à força destruidora da natureza.
No meu mundo, sou dona de um castelo robusto e resistente…mas apenas quando observado de fora, apenas quando as portas estão fechadas e a entrada está vedada, pois o seu interior é bem diferente. A sua estrutura assemelha-se à instabilidade de um castelo de cartas, minada por todas as minhas inseguranças e medos e as suas paredes são construídas com as marcas e vestígios de todas as batalhas perdidas ou ganhas.
No meu mundo, sou princesa detentora de uma escolta real personalizada que me segue para todo o lado, que me cerca e protege quando o perigo espreita ou as consequências de decisões mal tomadas se manifestam. Escolta essa que “toma as minhas dores” como se fossem suas e não me permite desanimar, que está sempre presente e vai testemunhado bons e maus momentos.
No meu mundo, sou princesa de um castelo e de uma escolta real…e por ambos sou responsável. Tento reinar para que o castelo não desmorone e que a escolta só testemunhe sorrisos e afectos em meu redor, sem nunca sentir necessidade de intervir, mas nem sempre se mostra uma atarefa fácil.



"Era necessário agir, equilibrando a possibilidade de coragem com a possibilidade do fracasso, com a mesma determinação de um artista de corda bamba quando se entrega à tarefa de a atravessar: nunca, em ocasião alguma, deve olhar para a distância entre si e o solo, para que a possibilidade da queda não precipite a própria queda". João Tordo - As 3 Vidas

16.12.11

Escolhas

Um dia face a tantas desilusões e dissabores  vi-me perante a necessidade de fazer uma escolha entre: tornar me como as pessoas que me desiludem, sendo fria e desinteressada por quem gosta de mim ou continuar assim, a dar todo o que tenho por quem me é importante, dizer sempre que me apeteça o quanto deles gosto, demonstrando-o em atitudes e pequenos miminhos simbólicos...decerto que é bem mais dificil a concretização desta última opcção, o caminho é feito com muitas lágrimas, sofrimento e dúvidas mas a questão acaba sempre por se resumir a uma: se quero ter retorno de quem quer que seja não deverei ser eu a dar o primeiro exemplo??? E a resposta, por enquanto continua a ser a mesma...





“Be the change you want to see in the world.”

Mahatma Gandh



6.12.11

...é mais ou menos isto...

... o tema saudade fez deste blog moradia e daqui não pretende sair tão cedo...os sentimentos esses andam num turbilhão e recusam-se a fazer qualquer tipo de sentido na minha cabeça ou nas minhas palavras...o tempo corre e eu vejo o passar sem pouco ou nada fazer...a vontade há muito que finca pé e se recusa a cooperar...aos que me acompanharam durante 3 anos sei dever um texto que expresse minimamente o que significaram para mim (não está esquecido apenas ainda em fase de elaboração), mas os dias têm sido assim, cinzentos como o tempo lá fora...ausentes de abraços apertados e sorrisos cúmplices...faltam me os braços que me instigam a continuar, que amortecem as quedas, falta me a velha rotina recheada de rostos que já mais quero esquecer...falta me saber notícias de quem me aperta o peito...porque o meu dia a dia é cheio de novas pessoas, boas e simpáticas, que me fazem rir e me oferecem colo (mesmo sem o perceberem) mas não apaziguam esta vontade quase incontrolável de chorar que ultimamente assola a minha mente quando menos espero...


 dizem por aí "nada que valha a pena vem facilmente" (a ver vamos acrescento eu)


Ao som de: Keep holding on Avril Lavigne

24.11.11






A música flui livremente em meu redor, fecho os olhos e volto instantaneamente ao passado e quase que sinto o calor dos abraços, a felicidade das gargalhadas a alegria das brincadeiras…fecho os olhos e não consigo evitar o sorriso nos lábios que só tão boas lembranças seriam capazes de provocar!
Em questão de segundos volto a ser primeiro criança ingénua e inocente mergulhada em “conspirações” e planos com a melhor amiga depois adolescente tão “platónicamente” apaixonada e por fim universitária distribuidora de abraços entre praxes e saídas mudando ao ritmo dos primeiros acordes da faixa seguinte…até que acabo assim, sozinha no escuro do quarto de olhos húmidos prestes a transbordar de sentimentos que necessitam de ser reafirmados, silêncios que não podem ser apagados e saudade que aperta este humilde coração e enche a mente de memórias….
Porque a música tem esse efeito na minha vida associa-se a momentos, a pessoas, a lugares e conversas e transportando-me imediatamente para eles/elas quando as ouço novamente…


"Sometimes even though you're having a good time, you can't avoid to stop and think about how much you miss the old times..." desconheço a autoria

15.11.11

Há dias assim...



Há dias em que a inspiração falha e as palavras são sempre insuficientes e parcas para expressar o turbilhão de pensamentos e sentimentos que assolam esta que vos escreve... 
 Há dias em que a solidão e a tristeza falam e falam alto, gritando desperadamente por atenção e a casa parece sempre vazia por mais pessoas que acolha.
Dias há em que a saudade se acorrenta no coração, finca pé e torna-se presença constante no pensamento por aquele aperto do peito que teima em se fazer notar...
O silêncio projecta trechos de conversas, gargalhadas e momentos passados, os lugares são ainda os mesmos, as personagens também, mas tudo é diferente se tento resgatar velhas sensações estam soam a farsa.
O sentimento, mesmo assim permanece, mas parece diluir-se algures nos kms que nos separam.
O tempo, esse é escasso, quando tento reunir os amigos de outrora, os colegas de aventuras e desventuras, as pessoas que fizeram de mim quem sou e a quem devo tanto, mas  é sempre demasiado longo quando o dia se manifesta assim....cinzento de mais sem o mínimo vestígio de arco-irís que me faça dançar à chuva de sorriso estampado no rosto!
Há dias assim...em que apenas queria um abraço daqueles bem apertados e um sussuro ao ouvido que murmurasse "...ainda bem que regressaste, sentimos a tua falta!"
...porque por vezes a vida leva-nos por caminhos que não nos deixam voltar atrás....



"Believe that life is worth living and your belief will help create the fact."  William James

4.11.11

Coisas que eu aprendo com os mais velhos

"Menina, você não conte
as suas penas a ninguém,
uma amiga tem amigas
outra amiga amigas tem!

Menina, você não conte,
as suas penas a ninguém,
por maior que seja a sua dor,
quem o seu peito descobre,
de si mesmo  é traidor..."
                              Não conheço a autoria mas segundo a Dona B. é uma musica já bastante antiga!


(porque no fim pode tudo o resto estar a correr mal, as expectativas saírem goradas, e nada sair como o planeado, mas a aprendizagem pessoal não poderia ser melhor =D )

29.10.11

Foram precisos demasiados meses, dias e horas para entender que talvez o problema não era não querer ajudar, mas antes não saber como…que não era o que foi dito que magoava, mas sim o que ficou condenado ao silêncio…que não foi o que foi feito, mas antes o que não foi…
Hoje consigo perceber que a desilusão consistiu no apoio que não foi prestado, no “eu estou aqui, sempre que precisares” que nunca foi prenunciado e nas inexistentes tentativas de terminar as conversas inacabadas, porque dizer e fazer, acreditar e comprovar são coisas muito diferentes.
Porque em última análise, as coisas poderiam ser diferentes, cedências podiam ser feitas e desculpas pedidas, se o erro não fosse em algo tão crucial, pois apesar dos ideais, pontos de vista, formas de pensar e actuar poderem ser muito diferentes…há coisas que tem necessariamente de ser iguais!


"Only in the darkness can you see the stars"
Desconheço a autoria

20.10.11

A chamada

O telefone toca e eu corro para ele na esperança que sejas tu do outro lado da linha, pego-lhe mas este fica mudo e a casa volta ao silêncio que nela ficou desde que foste embora. Pouso-o novamente no descanso e o sorriso desaparece.
Mergulho de novo na azáfama do meu dia e tento assim sufocar a corrente de pensamentos que te trazem de novo aqui, ao pé de mim, tão presente. Desisto por fim e vencida marco o número que há muito sei de cor, o telefone chama, uma e outra vez mas de ti continuo sem nada saber, desligo mas o meu coração deixa escapar: "…era apenas para dizer como sinto a tua falta".


"As contraries are known by contraries, so is the delight of presence best known by the torments of absence."  Alcibiades

5.10.11












A tua sorte é que eu gosto demasiado de ti para deixar de me importar...e é tão bom voltar a ter um daqueles nossos momentos inesquecíveis, mas cada vez mais raros, onde as lembranças das conversas até altas horas fazem-se ouvir mais alto que todo o barulho e confusão que nos rodeia.
A tua sorte é, eu não ser de desistir perante as dificuldades ou sem que me deiam uma justificação mínima que me satisfaça.
Porque no balanço final dos estragos do furacão a que se resumiram os últimos meses da minha vida, quem realmente é importante e pretende fazer parte da minha jornada e do meu coração, permanece (mesmo que para tal tenham sido precisos uns quantos puxões de orelhas!), as conversas necessárias foram tidas, com as pessoas dispostas a tê-las, coisas importantes foram relembradas quando pareciam andar esquecidas pelos baús da memória...

17.9.11

Insónia

O relógio há muito que passa das quatro, contudo o sono não chega. Lágrimas inundam-me os olhos, toldando-me a visão…
O meu pequeno mundo, aquele que não é perfeito, mas mesmo assim único, construído daquelas pequenas coisas que outrora bastavam para me fazer feliz, parece ruir ao meu redor.
As costas vergam, a cabeça baixa, os joelhos dobram e torna-se tão difícil seguir em frente.
Hoje, talvez como nunca sinto a falta do meu porto seguro, o amontoado de palavras e frases que me iluminava a alma e aquecia o coração e que nunca tive realmente. Antes bastava apenas isso, palavras bonitas ditas em momento oportuno, inventadas por mim em silêncios teus.
 Se hoje te escrevo e não deixo qualquer dúvida que são a ti que se dirigem estas palavras, é porque quero que, se um dia por acaso estas te percorrerem os lábios, saibas que não fui eu que edifiquei esta muralha de silêncio que hoje nos separa, não seria capaz, pois esta é feita de todas as conversas que nunca tivemos, de todas as explicações que nunca dissemos, de todas as demonstrações de amizade e carinho que nunca tiveste, de todas as promessas vãs…
 Apenas desisti de a tentar derrubar, por que no fim de contas preciso mais que essa miragem de porto seguro que um dia me ofereceste, mesmo que esse se revele a única alternativa.

( E por favor, não me recrimines por não to ter dito pessoalmente, sabendo tão bem como eu que isso apenas nos lançaria de novo para aquele ciclo vicioso que nunca nos leva a lugar nenhum.)



"ABRIGO

Quero meu casulo quente e confortável
me esconder desta imensa multidão
passar despercebida com minh'alma instável
sem toque, sem beijos ou apertos de mão

Quero ponderar o que pode ser viável
conhecer os limites da inexatidão
discernir o falso do amigável
rechaçar qualquer amostra de compaixão

Quero aflorar um lado audaz e amável
perdoar, esquecer, assimilar emoção
fazer jus a denominação, adorável

Quero agora, apenas o vazio desta solidão
calar em mim mesma de forma inviolável
até que o silencio suscite respostas, a razão"
Siomara Reis Teixeira

10.9.11

Desculpas...



...e/ou apesar de tudo hoje tenho a certeza que que o fiz demasiadas vezes sem o mínimo retorno...


Ao som de: It´s hard to say I'm sorry (Westlife version)

31.8.11

Se me quiserem definir...

Se me pedirem para me definir serei incapaz de o fazer. 
Direi apenas que sou uma amálgama de bocadinhos de todas as pessoas que pela minha vida passaram, e se a minha resposta não lhes bastar, pedirei que perguntem aos que me são queridos, talvez eles e apenas eles, saibam/possam responder.
São eles o espelho em que diariamente analiso o meu reflexo, espelho esse, onde ensaio e experimento aquilo que pretendo ser, que me ajuda a delinear a linha que separa o correcto do incorrecto, que me ensina que posso sempre ser/fazer mais e melhor, que me relembra o passado, que me guia pela vida.
Contudo se realmente a eles recorrem não garantirei que estes serão de muita ajuda se de mim pretenderem uma definição concreta e precisa, cada um apontará uma qualidade ou defeito diferente pois não sou na companhia de um exactamente a mesma pessoa que sou na companhia de outro. Assim tanto serei silêncio como música, alegria e tristeza, serenidade e tempestade.
Por fim compreenderão a minha resposta inicial. Como camaleão, que “pede emprestado” as cores do que o rodeia e se adapta à nova realidade, também eu me organizo e reorganizo os pedacinhos (“roubados” a todos aqueles que um dia já quis bem) conforme as circunstâncias e sou um bocadinho de tantas pessoas que para a todas fazer justiça não poderei ser de definição fácil e simples.








"Cada pessoa que passa na nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, 
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós." 
Charlie Chaplin

17.8.11


É interessante, impressionante, IRRITANTE....que mesmo depois de tanto tempo ainda te recorde nas alturas mais inesperadas, sinta a tua presença nos lugares onde nunca estiveste, escolha mentalmente coisas que sei que irias gostar!!!

14.6.11

Odeio momentos como este…momentos onde não parecem haver palavras capazes de expressarem o que sinto, o que penso, procuro a melhor maneira de te transmitir o mais fidedignamente possível esta sensação que me aperta o peito, este sentimento que se esconde nas sombras dos meus olhos, este pensamento que ecoa na minha mente.
As palavras tornam-se estranhas, pela primeira vez inimigas nesta luta eterna que contigo travo, desfilando pela minha boca antes mesmo de eu ter tempo de melhor as poder escolher e acabo por proferir exactamente o oposto ao que realmente quero, preciso de dizer.
O meu discurso é assim confundido com antipatia ou ressentimento, mas é apenas a verbalização da mágoa de alguém que tanto investiu e não encontrou retorno, da necessidade de auto preservação que se sobrepõem a qualquer sentimento. Não sei se simplesmente não consegues distinguir uma coisa da outra ou se pelo contrário não queres saber de todo.
Apetece-me gritar de raiva e frustração com este nosso aparente problema de expressão que aos poucos e poucos vai destruindo uma amizade de anos, vai apagando momentos únicos e insubstituíveis, diluindo confissões e segredos partilhados, afastando duas pessoas que outrora já foram as melhores amigas e que nos percalços da vida parecessem se irem perdendo.
Hoje escrevo para ti, (dando mais uma vez razão a quem antigamente já me acusou de me refugiar na folha de papel para me expressar e apenas e só aqui ser capaz de ser directa, pois) assim é mais simples dizer-te: como esta tua amiga sente a tua falta, que isso a faz gritar e atacar-te quando apenas te quer abraçar, que cala a saudade e aprisiona a vontade de te ligar diariamente porque precisa de sentir que te faz falta, que a ausência é mutuamente sentida, que também tu procuras o caminho comum que nos reúna novamente…




"A friendship can weather most things and thrive in thin soil; but it needs a little much of letters and phone calls and small, silly presents every so often - just to save it from drying out completely."
Pam Brown

Ao som de: Quero sim - Paula Fernandes

22.4.11

Menina de olhar sonhador

- Menina de olhar sonhador, desça dessa sua torre e conceda-me uma oportunidade de a corte lhe fazer…
- Caro galanteador, não percebe que se o fizer toda a graça se perde? Se for fácil e acessível o caminho por nós partilhado, permanecerá quando a primeira barreira nele se interpor? Contarei com a sua mão quando escorregar? Dará o mesmo valor a algo tão facilmente conquistado como daria a algo que o relembra-se diariamente o quão difícil foi conquista-lo? Veja bem, não é por excesso de orgulho, altivez ou vaidade que não acedo ao seu pedido…é apenas por saber não ser capaz de ao seu lado permanecer se não tiver a certeza que o nosso amor não vacilará ou perecerá ao primeiro dissabor.
- Mas menina não teme acabar sozinha de tanto complicar e querer o amor explicar?
- Se realmente me cativar perceberá que a solidão não me assusta, aliás é sempre preferível ao vazio de certas relações, posso até para sempre permanecer sozinha entre tantas idealizações do par perfeito feitas mas pelo menos não ficarei presa nesse ciclo vicioso e por vezes tão destrutivo que dá pelo nome de amor…
- Desculpe mas não a consigo perceber, mas eu apenas amo pelo simples prazer que me concede a pessoa amada, não procuro razoes, lógicas ou explicações em todo esse processo!
- Então não merece que eu me canse a descer esta escadaria para ir ao seu encontro…também eu amo pelo mesmo motivo, apenas a maneira de amar é que é distinta! Não consigo gostar do que não percebo ou entendo e para tal preciso de o analisar e se realmente um ao outro estivéssemos destinados, não necessitaria de lho explicar!






"In order to be irreplaceable, one must always be different."
Coco Chanel

11.4.11

Palavras que poderiam ser minhas...



“Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Grave e metódica até à mania, atenta a todas as subtilezas de um raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de ser um D. Quixote fêmea a combater moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num dar de mim própria que não acaba, que não desfalece, que não cansa.” (Florbela Espanca)
















Porque poderiam ser palavras minhas, porque há pouco mais de um ano me ofereceram um livro desta senhora em cuja a poesia me revejo muitas das vezes...

ODEIO

ODEIO que nos momentos importantes da minha vida....estando tu mesmo ausente, continues presente no meu pensamento e vontade de te ter ali....=/

29.3.11

Porque hoje aqui, ainda existe tanto de ti...

Porque hoje aqui, ainda existe tanto de ti! Num dia perdido algures pelos baús das lembranças, na sombra de uma conversa nova mas que usa falas antigas, num filme que grita por ti, em citações de um livro, em lugares onde o vento sussurra o teu nome, numa música que parece te procurar...no lado sombrio da minha memória ao qual te condenei... Porque hoje aqui, ainda existe tanto de ti, mesmo quando aí, nada de mim parece haver!

17.3.11

Talvez se fechar rapidamente os olhos, virar as costas e respirar fundo as impeça de cair… Talvez se gritar ao vento, alivie este sufoco e ninguém note… Talvez se me rodear de gente, de um barulho infernal, consiga deixar de pensar… Mas no silêncio da noite, não há forças para as impedir, não há ninguém de quem seja preciso esconder, não há barulho suficiente que abafe a tristeza… E assim sou vencida, adormeço de exaustão de tantas lágrimas derramadas, nelas expio todas as ilusões que por um motivo ou outro achei possível um dia concretizar, nelas procuro forças para aguentar mais um dia, apenas mais 24h… Sou conhecida pelo meu pessimismo crónico, mas a verdade é que por muito que queira é difícil não o ser quando se é constantemente rastejada pela vida, acabo sempre eventualmente por me levantar é verdade, mas apenas porque sei que se não o fizer ninguém o fará no meu lugar…


"Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras ficarão para trás." Provérbio oriental

4.2.11

O que o meu silêncio esconde

Pedes-me respostas, que quebre o silêncio que nos últimos meses me blinda sem jamais perceberes que nele residem todas as respostas, sem sequer notares que talvez este exprima algo inenarrável.
Ofereces-me o teu ombro para desabafar, reafirmas promessas antigas e no entanto mostraste incapaz de verdadeiramente me consolar, com o mais simples dos gestos. Não percebes, ou talvez não queiras perceber o que o meu silêncio esconde.
Olhas-me nos olhos mas não me vês, contentas-te em saber o que se passa de forma superficial e desinteressada e tão pouco te dás ao trabalho de procurar compreender, bem lá no fundo deles, esta súbita ausência de palavras.
Não me peças que explique (ou que pelo menos o tente fazer), o turbilhão de emoções que a minha boca aprisiona, não tentes descortinar o meu silêncio nem o estranhes, se em troca não estiveres disponível para marcar a diferença entre o quebrar ou não.
Saberás tão bem como eu, se já algum dia to permitiste experimentar a veracidade desse lugar-comum que se torna dizer, que temos a mais longa das conversas numa troca de olhares silenciosa, onde o reconhecimento de que realmente a pessoa que nos mira nos conhece e nada mais se torna necessário que apenas a certeza de nos sabermos acompanhadas independentemente do que se tenha de enfrentar.
Dizes notares-me estranha, distante e fria, perguntas-me enfim o que encobre o meu silencio…encobre talvez alguém que começa a mostrar sinais de cansaço na crença ate agora inabalável para quem era ou não importante, esconde a ausência de forças para continuar a dar sem em troca, algo receber…
Se ainda não o percebeste ele diz-te que prefiro não investir, refugiar-me em mim e recusar-me a precisar de alguém com quem partilhar os meus problemas mesmo que estes se tornassem, talvez assim mais suportáveis.
Se me conheces minimamente saberás que não é o rancor, egoísmo ou o egocentrismo que me move mas apenas uma necessidade cada vez mais premente de auto-preservação e de me pôr em primeiro lugar em detrimento do outro…




" O único silêncio que perturba, é aquele que fala, e fala alto. É quando ninguem bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada, não há recados na secretária eletrônica, e mesmo assim você entende a mensagem."
Martha Medeiros

23.1.11

Odeio...


Odeio...perceber que me consegues ler a alma no silêncio de uma troca de olhares!!

16.1.11

(...)



Fechei o meu coração para nele proceder a uma total remodelação...
Quero rever as cores que o caracterizam, rodear-me de nomes e memórias e avaliar muito bem quais deverão ainda permanecer forrando as paredes do mesmo e quais estarão de tal modo danificadas por expectativas frustradas, que o melhor mesmo será guarda-las no baú das lembranças la bem no fundo da minha memória fechando-as a sete chaves com tudo o que um dia me desiludiu e magoou.
Quero abrir as janelas para que areje, para que a escuridão em que se encontra seja substituída por uma esperança luminosa num futuro melhor.
Depois de ter dado uma limpeza profunda, ter varrido tristezas e amarguras para bem longe e ter limpo manchas deixadas por decepções, deixo a porta entreaberta para que sentimentos como o amor, amizade e alegria nele encontrem um lar, para que novas pessoas o inundem com novos momentos memoráveis e sorrisos ternos e doces...
Parece novo o meu coração agora à vista desarmada, mas bastará um olhar apenas um pouco mais prolongado para facilmente ver as fendas nas paredes que o novo papel de parede parece incapaz de encobrir ou a presença silenciosa da desconfiança, a qual se mostrou irredutível na decisão de dali sair permanecendo juíza de todos esses novos moradores que quero que povoem o meu coração...



"No matter if we are strong, trauma always leave a scar. They follow us to our homes, change our lives. Traumas tip to everyone, but maybe that´s the reason. All the pain, fear, idiocy. Maybe it's living that makes us go forward, is what drives us. Maybe we need to drop a bit to raise it again."

in Grey's Anatomy- Elevator Love Letter

6.1.11

Incertezas


"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira e com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar." Susanna Tamaro




O que fazer quando nem o próprio coração parece saber qual a melhor estrada a seguir? Se aquela que partilho com todos os considerados essenciais até agora ou se uma nova pela qual deva partir sozinha, liberta de todo esse passado partilhado?

Por quanto tempo deverei eu ficar sentada à espera sem optar por uma, silenciosamente à espera que algo aconteça suficientemente revelador para que eu consiga escolher?

Como distinguir se para esses mesmos ditos e apelidados antes de "essenciais" ainda o serão realmente ou se não se terão apenas transformado em meros conhecidos?

Odeio esta incerteza e insegurança que me caracteriza mas odeio ainda mais a cobardia das pessoas que se mostram incapazes de ter uma conversa clara e definitiva, apenas se limitando a deixar o tempo passar até que outros decidam por eles!!