31.3.09

Não vás ainda...

“ Não vás ainda, fica mais um pouco…
Não fales, não digas nada, não te justifiques…
Sim, eu sei que tens que ir, sim eu sei porque tens que ir…
Mas não vás ainda…
Deixa-me prolongar este momento, abraça-me, beija-me…
Pois assim será mais fácil invocar esta recordação…
Pois assim talvez não sinta tanto a tua falta, agora que partes…
Não vás ainda…
Recorda-me de novo porque não podes ficar, será que não podes mesmo?
Sim, sei que não…é apenas a minha vontade de não teres que partir a falar…
Vai, agora vai, antes que doa demasiado, antes que não consiga aguentar conter as lágrimas e o meu sorriso se desfaça…
Agora que foste conto os dias que faltam para te ver novamente, para te ter de novo nos meus braços…
Sendo apenas por saber que voltarás que te deixo partir…”

28.3.09

espero por ti


Espero por ti todos os dias, hora após hora…
Mas nunca chegas…
Chamo por ti diariamente, seja numa palavra, num gesto, num olhar, num sorriso ou numa lágrima…
Mas tu não vês e nunca chegas…
Penso em ti e tento trazer-te de volta, tento ver-te ali, bem juntinho a mim…
Mas a tua imagem desvanece-se no ar e nunca ficas mais que meros segundos…
Procuro distinguir-te entre a multidão que me rodeia…
Mas nunca te encontro…
Fecho os olhos e tento assim ouvir a tua voz, para que a possa seguir e assim chegar a ti…
Mas falho sempre, e a ti não chego…
Sonho contigo todas as noites, para assim não esmorecer a memória que tenho da tua imagem, para tentar ver pormenores que me possam ter escapado, para te reconhecer quando cruzares o meu caminho…
Mas nunca és mais que isso, um simples sonho de uma sonhadora idiota…
Será que algum dia chegarás?

26.3.09

Queria Ser...


Queria ser o sol que aquece as tuas manhas…
Queria ser a chuva que molha a tua janela…
Queria ser a brisa inesperada que te arrepia…
Queria ser a música que ouves…
Queria ser o barulho que desperta a tua atenção…
Queria ser o motivo do teu sorriso…
Queria ser a palavra que escapa da tua boca…
Queria ser o ar que te envolve…
Queria ser a tua motivação para continuar…
Queria ser presença constante na tua vida…
Queria ser…
Queria ser tudo e nada…
Queria ser tudo para ti, mar, terra, ar e fogo…
Queria ser nada, nada do que sou…
Apenas queria ser por ti notada…
Apenas queria fazer parte de tudo o que fazes, de tudo o que és…
Queria ser…

24.3.09

olha dentro dos meus olhos

Olha dentro dos meus olhos…
Ainda encontrarás pequenos fragmentos da pessoa que um dia fui?
Ainda saberás que sou eu?
Terei mudado para melhor ou pior?
Terá valido a pena a mudança?
Não sei, não quero saber …
Só quero que gostes de mim pelo que sou…não pelo que fui…não pelo que queres que eu seja…
Olha bem, pensa ainda melhor na resposta que darás…
Mede bem as tuas palavras e prova-mas de forma incontestável…
Não te afastes…nunca, mesmo que eu o mereça, mesmo que eu o queira fazer, nunca deixes…
Faz a minha vida valer a pena, no meio de tanta falsidade, egoísmo e hipocrisia…
Porque eu olharei dentro dos teus olhos…
Na esperança, não de encontrar quem tu foste, muito menos de quem eu queria que tu fosses…
Na esperança de encontrar a sinceridade, a lealdade e a amizade…
Na esperança de saber que tu continuas a ser tu, apesar de tudo…
Na esperança de conseguir provar o quanto o mundo estava errado ao julgar-te…
Na esperança de valer a pena gostar de ti pelo que és…

23.3.09

não quero...


O sol perdeu o calor, a lua o seu brilho, a comida sabor e eu a mim mesma…
Tu perdeste importância, limitas-te a confundir-te entre as névoas da minha vida…
Hoje não és mais que UM entre a multidão, mesmo quando eu queria que tivesses sido O entre a mesma… mas agora pouco importa, se te encontro ou se te fujo, se te odeio ou se te amo, agora nada mais tenho a dizer, nada mais tenho a fazer, nada mais tenho a esperar…
Apenas perdida entre a multidão dou continuação à minha caminhada, não te procuro, nem te quero encontrar, apenas me limito a continuar…
Não sei quem sou, quem fui, muito menos quem serei, apenas não quero ser como sou… Porque hoje, em mim, tudo me lembra de ti…
Não quero escrever mais um texto, mais um texto sobre ti, para ti… não quero usar mais palavras de tristeza, amargura, ou frustração…
Não quero pensar no que podia ter sido e não foi, nem nos motivos porque não o foi…
Não quero pensar, não quero sentir, já não quero nada, apenas queria esquecer, esquecer-me de ti, esquecer-me de mim…
Na escuridão me encontro agora, envolta em frio me sinto, como idiota me defino, por querer de mais, por precisar de mais, de ti, do mundo, de tudo e de nada…
Talvez, por precisar e querer em demasia, me tenha entregado por completo, sem medir riscos e consequências, e nos destroços em que me deixaste apenas resta o vazio…
Um vazio de tal forma atroz, que nem tu poderias agora preencher, não quero que te sintas importante para mim, mesmo que o tenhas sido, mesmo que ainda o sejas, muito menos que de mim tenhas pena, porque se nesta história existe um culpado, a mim cabe cumprir a sentença, pois a culpa apenas minha foi…
Não quero que me ames ou que me odeies, pois hoje em mim já nada existe que mereça o que quer que seja, não quero ser a amiga muito menos a amante, só quero que me devolvas o sorriso que me roubaste, por mais triste que fosse, apenas quero de volta a inocência de nunca ter amado…
E entre uma mentira e outra a mim me engano, a ti omito, ao mundo escondo, tudo o que sinto, quando apenas mo apetece gritar…

22.3.09

a lágrima


Devagarinho ela vai rolando pela face, lágrima triste e solitária, mas sobretudo teimosa por sempre cair no momento mais inoportuno…
Nela vai concentrada a dor de todo um mundo, secreto e pessoal, manifestação única de sentimentos calados, receios latentes, esperança perdida…
Assim vai ela rolando, uma e outra vez, esperando ser notada por alguém, aguardando que alguém a venha libertar dessa tarefa inglória, tentando que alguém descodifique os seus incontáveis significados…
Mas ninguém chega, ninguém parece reparar nela sequer, talvez seja por ela ser tão silenciosa, talvez seja por ela ser tão solitária...
Talvez se ela fosse diferente a sua sina fosse outra, mas se assim fosse perderia toda a sua essência, todo o que a distingue das restantes lágrimas…
Por isso apenas se limita a continuar a rolar, a cair como sempre, para sempre…

21.3.09

tu foste...

Tu foste....
Tu foste tudo e mais alguma coisa para mim...
Tu foste a minha razão de sorrir todos os dias, mas também a minha razão de querer chorar ultimamente....
Tu foste o meu porto de abrigo tantas e tantas vezes mas também a minha tempestade pessoal ....
Tu foste a minha mais linda ilusão, mas também a minha mais dolorosa desilusão...
Tu foste a luz ao fundo túnel, a minha estrela guia...
Tu foste sonho maravilhoso, mas também dura realidade....
Tu foste a minha lição de vida, muito daquilo que me fez crescer e mudar....
Tu foste a minha consciência, mas também a minha irracionalidade....
Tu foste a minha agradável surpresa, a minha maior confusão....
Tu foste a pessoa de quem eu mais gostei, por quem mais lutei, mas também quem mais me fez sofrer....
Tu foste luz e escuridão, sol e chuva, barulho e silencio....
Tu foste a minha causa perdida, a minha utopia, a minha quimera.....
Tu foste o amigo de todas a horas, mas também por vezes a indiferença personificada...
Tu foste....mas será que ainda és??? Será que sempre vais ser?

18.3.09

a bailarina



“ Era aquele, o momento pelo qual esperava todo o dia…
Todos os dias, ao fim da tarde, a menina abria a caixinha junto à janela, e todos os fins de tarde, a bailarina, da sua caixinha de música via o mundo através daquela janela…
Dançava e rodopiava até a menina se fartar e ir brincar, mas enquanto efectuava aqueles movimentos tão mecânicos, ia olhando para a janela…
Todos os dias o mesmo ritual, todos os dias ela o procurava, todos os dias o esperava e todos os dias ele passava acompanhado pela sua mãe…
A bailarina sabia que se apaixonara assim que o vira, sabia igualmente que não poderia esperar mais nada dele, mas era feliz por todos os dias o poder ver…
Naquele dia a menina decidira mudar a sua rotina, chegada da escola, pegou na pequena caixa e decidiu abri-la no jardim…
A bailarina estava encantada, iria poder vê-lo de perto! Então algo inesperado aconteceu…o menino não se limitara a passar com a mãe, atravessara o portão e viera brincar com a menina…
Os meninos conversavam, apercebeu-se entretanto…conversavam sobre a caixinha de musica…
O menino concordava com a menina, nas muitas qualidades da bailarina, mas afirmava preferir a sua bola...
Decidiram ir brincar (coisas de criança..não conseguem fazer o mesmo durante muito tempo...), deixando a bailarina a dançar incessantemente junto da bola…
Mais uma vez ela dançava e rodopiava, mas chorando em silêncio, chorando pelo seu amor impossível, chorando por possuir todas as qualidades enumeradas, chorando porque não as queria mais, chorando porque apenas queria poder ser aquela bola ao seu lado, chorando por apenas querer ser amada por ele…
Todos os dias aguardava aquele momento, o momento de o ver novamente, porque mesmo que isso despedaçasse o seu minúsculo coração, era o motivo que fazia valer a pena o resto do dia…
Agora só necessitava de aprender a viver com os dias em que o menino não vinha, não atravessava o jardim para brincar com a menina…Mas ela continuava a dançar e rodopiar, sempre, sem nunca parar…”

17.3.09

momentos


Há momentos assim…
Momentos onde nada parece ter graça, momentos em que ficamos absortos do que nos rodeia, onde sorrimos só para descansar quem nos observa, momentos onde a tristeza nos invade sem motivo aparente…
Momentos onde nos sentimos impotentes por querer lutar contra essa apatia e nada parecer resultar, por querer perceber o motivo da mesma para a podermos combater, e a resposta parece querer esconder-se…
Momentos onde parece tão difícil continuar em frente, acreditar nas palavras dos outros ou em nós mesmos…
Momentos onde a única pergunta que nos surge, que se instala e perturba constantemente é… “a onde é que falhei?”…mas a resposta tarda a chegar e se chega talvez nem sempre acreditemos nela…
Momentos onde a escuridão nos engole e as lágrimas correm livremente pela nossa cara sem parecerem querer parar algum dia…
Mas depois há outro tipo de momentos…
Momentos em que a ajuda chega de lugares inesperados, nas alturas mais imprevistas, sob inúmeras formas…pode ser de uma pessoa amiga, pode ser de alguém que acabas de conhecer, pode ser por mero acaso, pode ser numa palavra, num gesto, num sorriso…
Momentos onde te sentes reconfortada, onde te sentes apoiada e grata por poderes ter aquelas pessoas na tua vida, grata por elas verem o melhor que existe em ti mesmo quando nem tu mesma o consegues ver…
Momentos onde encontras finalmente um pouco de paz, onde encontras um lugar que te proporciona o sossego que tanto precisas, onde podes fechar os olhos e sentir o vento na cara e sorrir por finalmente teres conseguido vencer essa apatia…
Momentos únicos, insubstituíveis, que perduram na memória., momentos que parecem querer ganhar vontade própria para assim poderem acontecer novamente…
Momentos que não queremos que acabem por serem tão bons…
Momentos…bons e maus...porque a vida é assim...feita de momentos…

15.3.09

há pessoas e pessoas...

Há pessoas e pessoas…
Pessoas que surgem na nossa vida, se instalam nela, a entrelaçam de tal modo com a sua que já não imaginamos a nossa vida sem elas, que a modificam por completo, seja porque nos obrigam a mudar, seja porque vivem tanta coisa connosco, bons e maus momentos, que passas a contar com elas sempre lá…
Pessoas que quando o seu caminho se cruza com o nosso, tornam tão difícil continuar quando estes se separam novamente…mesmo que o caminho delas passe a ser paralelo ao nosso e haja a possibilidade de fazermos um “desvio” sempre que a saudade aperte, por simplesmente já não ser a mesma coisa…
Pessoas que te marcam, por serem únicas, por te fazerem sorrir, por seres uma pessoa melhor desde que as conheces…
Pessoas que adoras, que defendes com “unhas e dentes”…
Mas depois há outro tipo de pessoas…
Pessoas que te desiludem, que te fazem sofrerem, que mentem, que só trazem confusão, tristeza e decepção para a tua vida, que ao contrário das anteriores não mostram qualquer tipo de arrependimento por isso…
Pessoas de quem acabas por ter pena, por simplesmente não se aperceberem que são elas as maiores prejudicadas…
Pessoas a quem acabas por te demonstrar superiores a elas, e deixas de lhes dar a importância que elas gostariam…
Pessoas que te ensinam a valorizar as pessoas acima referidas, que te ensinam o quão especiais estas são e a sorte que tens em as ter na tua vida…=)
Existem pessoas e pessoas….mas precisas de todas elas para evoluíres, crescer e aprender…=)

13.3.09

Para ti...


Sozinha vagueia ela pela estrada…
Estrada tão tortuosa, cheia de curvas e contra curvas, de pedras e pedregulhos, de sorrisos e lágrimas, nem sempre de alegria…mas ela continua a sua jornada, afasta as pedras do seu caminho e salta sobre os pedregulhos, vai tentando esconder as lágrimas que nascem nos seus olhos nesta parte do trajecto, e quando não o consegue, rapidamente limpa as que teimam em escorrer pela sua face e coloca um sorriso por mais triste que este seja, só para parecer estar bem, só para que ninguém se preocupe…
Aparentemente sozinha continua ela a sua demanda, tentando encontrar-se, tentando voltar a ser a mesma depois de tudo o que passou…mas ela não sabe ou se calhar não quer perceber que já não é a mesma, que nunca será a mesma, mas que a sua essência continua lá…bem no fundo da sua alma, com medo de se mostrar e de se ferir novamente …
Aparentemente caminha sozinha pela estrada da vida…mas o que ela não sabe ou então não quer acreditar…é que na sua jornada, lado a lado com ela caminham todos aqueles que a adoram, que se preocupam, e que a querem ver bem, que a puxam para continuar em frente, sempre em frente, a obriga-la a levantar a cabeça e a não desanimar, que lhe sussurram que ela continua a ser ela no que sempre teve de melhor, independentemente de todas as sua mudanças…
Assim continua ela…em frente de mãos dadas com todas estas pessoas e com a crença em dias melhores…=)

12.3.09

Na minha almofada...


São poucas as coisas que têm tanta importância para mim como a minha almofada....porque simplesmente ninguém, ou muita pouca gente me conhece tão bem como ela....
Na minha almofada eu penso na vida, recordo momentos passados bons e maus, traço planos para o futuro, tomo decisões mais ou menos importantes....
Na minha almofada abafo sorrisos de alegria, gargalhadas de felicidade, escondo lágrimas de desapontamento, soluços de tristeza....
Na minha almofada encontro o refugio necessário ao meu medo de filmes de terror....
Na minha almofada calo o grito de desespero que teima em querer fugir da minha garganta ou as palavras que que não tenho coragem de dizer.....
Na minha almofada sonho em atingir o impossível, sonho com dias melhores, refugiou-me da minha realidade....
Na minha almofada sonho acordada, durmo por vezes tranquila, por vezes agitada....
Na minha almofada encontro o saco de pancada necessário para soltar toda a minha frustração....
Na minha almofada encontro o objecto ideal para a tirar à  minha irmã, seja só quando estou apenas a brincar com ela, ou quando ela me irrita a tal ponto que só me apetece bater-lhe....
Na minha almofada encontro o abraço invisível que tantas vezes preciso....
Na minha almofada encontro o alento e a força para continuar.....

era uma vez...

" Era uma vez uma menina que acreditava em contos de fadas e em príncipes encantados...talvez por ver demasiados filmes ou por ler demasiados romances....
Era uma vez uma menina que acreditava que ia encontrar o seu príncipe mais tarde ou mais cedo e que então tudo seria perfeito...todos os maus momentos seriam recompensados, tudo teria valido a pena....mesmo todos os sapos beijados que não passavam disso mesmo...simples sapos...
Era uma vez uma menina que sonhava com um príncipe de olhos verdes e cabelos pretos...mas que no fim só queria mesmo um príncipe que a tomasse em seus braços e a fizesse sentir segura e protegida, que lhe sussurrasse ao ouvido que tudo correria bem a partir dali...porque apesar de o mundo estar cheio de bruxas e vilões....tudo seria mais fácil porque estariam juntos....
Era uma vez uma menina que de tanto esperar pelo seu final feliz, se foi conformando que este, talvez nunca chegasse.....e então a menina cresceu e passou a ver o mundo como ele realmente é...um lugar sem príncipes reais, só sapos disfarçados, muitas vezes sem finais felizes....um lugar onde na maior parte das vezes só há bruxas e lobos maus, onde na maioria das vezes são os maus a serem recompensados...um lugar onde não se pode utilizar a expressão «e viveram felizes para sempre...» pelo simples facto do para sempre não existir de nada ser eterno, por mais perfeito que possa parecer...e então a menina continuou a crescer é transformou-se numa romântica conformada com a sua sina....com a leve réstia de esperança de encontrar um príncipe imperfeito mas que a fizesse um bocadinho feliz....fim! "

"a amiga de infancia"


Olho para elas, tão divertidas a brincar, a experimentarem um tipo de amizade que nunca voltará a ser tão sincera…e de novo volto a ser criança….
Fecho os olhos e visualizo a minha amiga de infância a brincar naquele mesmo sítio comigo, as lembranças rodopiam na minha cabeça, o som dos nossos risos volta a ecoar nos meus ouvidos…recordo segredos, partidas, correrias e brincadeiras…e o sorriso nasce, a boa disposição instala-se… é tão bom recordar…principalmente essa amizade…
Ao longo da minha infância fui tendo algumas amigas, assim sendo, serão também amigas de infância…mas não são dessas que naquele momento recordo, ali e naquela altura lembro A minha amiga de infância…aquela com que nunca me chateei mais do que meros segundos, aquela com quem passava os meus serões, aquela com quem inventei um alfabeto secreto, aquela que nunca me desiludiu, nunca me traiu ou trocou…
Nas encruzilhadas da vida fomos nos afastando, nunca definitivamente, nunca fisicamente, mas os segredos passaram a ser partilhados com novas amizades, as partidas e brincadeiras com novas pessoas, talvez a culpa tenha sido minha, talvez não seja culpa de ninguém…
Contudo ela será sempre A MINHA AMIGA, aquela que nunca ninguém igualará, aquela que eu sempre adorarei, aquela que apenas me traz boas memórias….aconteça o que acontecer, conheça quem conhecer, viva o que viver…
P.S. Se um dia leres este texto espero que saibas que é de ti de quem eu falo, espero sinceramente que ele te dê um gosto semelhante ao que me deu a mim escreve-lo…=)

O beijo


“ Ali se encontrava ela, a hesitar uma vez mais, a tentar decidir-se…porque aquele era o ponto sem retorno…depois só sobrariam as consequências em vez do habitual «e se…» …
No inicio daquela noite nunca imaginaria que esta acabaria da maneira que estava prestes a acabar…tinha de se decidir, decidir se continuava a ir por um caminho perigoso, ou se recuava para território seguro…se o mesmo tivesse acontecido numa noite atrás não teria duvidas na escolha…mas naquela noite…todo se tornara mais complicado…
Refugiou-se no ombro dele, não queria ter de decidir…decidir se fugiria daquele abraço que a fazia sentir tão segura, ou se aceitaria aquele beijo e todas as incertezas que ele trouxesse…
Encarou-o, aquela proximidade deixava a ainda mais perturbada, aquele olhar, não a deixava pensar com total clareza…sabia que o que estava prestes a fazer era perigoso, principalmente por o querer fazer pelos motivos errados, mas preferiu arrepender-se de algo que fizera e não do que deixara por fazer….
Assim cedeu, e permitiu que ele a beijasse, deixou-se envolver um turbilhão de sentimentos e sensações, naquele momento não conseguia racionalizar, mas já sabia de ante mão que na manha seguinte se arrependeria de toda aquela noite…”

Gosto...não gosto...

Gosto de sentir a chuva a molhar-me a cara, não gosto de vento ou de temporais…
Gosto de mousse de chocolate, de Malibu e de cerejas, não gosto de puré, carne picada ou polvo…
Gosto do silêncio e do escuro, não gosto do barulho nem de grandes multidões…
Gosto de ser universitária e do meu traje, não gosto de trabalhar em grupo nem de falhar as metas a que me proponho…
Gosto da minha mãe, dos meus amigos e da minha família, não gosto de falsidade, hipocrisia ou cinismo…
Gosto de caixas, series e mais series e bons filmes…não gosto de filmes de terror nem de cenas de luta com sangue e porrada…
Gosto de me rir ate a barriga doer, de dizer disparates e de ter conversas “filosóficas”, não gosto de lágrimas de desilusão, de discussões inúteis nem de ser contrariada quando sei que tenho razão…
Gosto de ler, desenhar e escrever, não gosto de esperar, de me sentir pressionada, nem de tomar decisões…
Gosto de guardar recordações e de coleccionar lembranças, não gosto de andar às compras nem de me sentir inútil…
Gosto de histórias de príncipes e princesas, romances e sonhos bons…não gosto de viver no mundo real (sempre tão cinzento), de tragédias ou pesadelos…
Gosto do branco, de dormir e de músicas que me digam algo, não gosto de roupa com riscas ou bolas, do amarelo, de ter que acordar cedo ou de fazer de “vela”…
Gosto de miminho, do sorriso das crianças e de demonstrar o meu afecto, não gosto de ser ignorada, de ver alguém sofrer sem poder ajudar nem de ter que dar prendas…
Gosto de dar pequenos “miminhos” que façam nascer 1 sorriso nas pessoas de quem gosto, não gosto de ser julgada sem me poder defender…
Gosto provavelmente de ti que lês este texto, se te conhecer, mas provavelmente não gosto se já em ti tiver confiado e me tiveres traído…