23.4.12

Os meus pequenos nadas: ler

Poucas são as coisas que me dão tanto prazer como a leitura, sou capaz de passar horas absorta no enredo de um bom livro, como tal "devoro" livros a uma velocidade impressionante (o caso é de tal forma "grave" que a minha mãe reclama sempre que alguém me oferece um ou me vê chegar a casa com algum).
Como em quase todos os restantes campos da minha vida, também neste não sou muito selectiva, leio de todo um pouco desde dos chiclés românticos até aqueles que exigem a minha total atenção e empenho na sua interpretação e são poucos os livros que ao virar a última página não me tenham deixado um gostinho de "quero mais"!
Leio um livro, porque a capa me chamou a atenção, porque a sinopse me cativou, porque me foi recomendado ou simplesmente porque o autor me intriga.
A minha biblioteca pessoal é bastante reduzida sendo composta sobretudo por livros oferecidos e assim permanecerá enquanto não for dona e senhora da minha liquidez financeira, contudo sou visitante assídua da Biblioteca Municipal. Adoro vaguear por entre estantes, retirar livros, ler sinopses, trazer uns quantos para casa e embarcar numa nova viagem.
Gosto de ser surpreendida pela história e conquistada pelas personagens, mergulhar na "vida" de outras pessoas e por instantes anestesiar a minha.
Assim não poderia deixar de recomendar um dos livros que ultimamente me cativou...
A árvore dos segredos de Santa Montefiore: comecei a lê-lo procurando algo leve que satisfizesse por um lado a minha necessidade de ler algo que não estivesse associado às palavras relatório e estágio e por outro que acalmasse o meu lado romântico e piroso com uma história de " príncipes e princesas e com o seu final feliz".
Mas é muito mais! Engloba em si todo o que procuro quando leio, fez-me sonhar, fez-me aprender, fez-me reflectir!
Apesar de ser um romance não é nada típico, as personagens poderiam bem ser pessoas do nosso dia-a-dia, cheias de defeitos e qualidades e apesar de no início me recusar a aceitar o rumo que a história parecia querer tomar, dei por mim no final não só a torcer por esse rumo como a encontrar uma profundidade no enredo que não esperava, sendo precisamente esse facto que me faz aceitar o final (por muito que na minha cabeça teime em acreditar que a autora eliminou um capítulo inteiro com o verdadeiro final!), além de é claro ter ficado com uma vontade enorme em conhecer a Argentina.


"Os livros são o abençoado clorofórmio do espírito."
Robert Chambers



Imagem retirada de: http://weheartit.com/
p.s. Não gosto que me contem o que vai acontecer naquilo que vou ler/ver portanto tentei restringir a minha opinião ao máximo, mas se ainda não estiverem intrigados e quiserem ler um comentário que vos convença definitivamente podem faze-lo aqui e aqui.

19.4.12

Ser tua irmã...

"Ser tua irmã...é ter o coração sempre apertado, de saudade, de receio, de amor."*


*...e neste momento de preocupação!

17.4.12

Eu e os pecados capitais

Se eu fosse um dos sete pecados capitais (Gula, Avareza, Luxúria, Ira, Inveja, Preguiça e Orgulho/Vaidade) teria que ser sem dúvida alguma a Preguiça, apesar de o orgulho e a avareza estarem também demarcados na minha personalidade (bem mais do que gostaria confesso) nas coisas mais simples como: raramente pedir favores a quem quer que seja (sobretudo se anteriormente essa pessoa me tiver mostrado má vontade), sair uma paragem de autocarro mais cedo e fazer o resto do caminho a pé para poupar 25 cêntimos ou só fazer compras mesmo quando extremamente necessário.
Nenhum outro pecado me descreve tão bem como a preguiça. É por pura preguiça que não pratico qualquer exercício físico, que não me levanto cinco minutos todas as manhãs mais cedo, para me "aperaltar" como a maioria das minhas amigas ou aliás fazer qualquer coisa que não seja extremamente necessário ou importante e que implique ter que me levantar mais cedo. Adoro dormir e passar um dia inteiro sem fazer absolutamente nada que se possa considerar produtivo para a sociedade é um dos meus maiores defeitos. 
A preguiça sempre fez parte do que sou (desconfio seriamente ser ela o motivo de quando era pequena "comer" metade das letras quando escrevia), contudo à medida que fui crescendo acho que ela foi diminuindo até atingir um nível minimamente aceitável. 


"Vencer a preguiça é a primeira coisa que o homem deve procurar, se quiser ser dono do seu destino."
Thomas Wittlam Atkinson

Imagem retirada do site: http://www.tirinhasmemes.net/t/preguica


12.4.12

Carta ao meu Eu passado

"Olá, eu sou o teu futuro "eu" e se estás a ler isto é porque num futuro bastante próximo finalmente descobriram alguma maneira de viajar no tempo e  a tornaram-na acessível a pessoas sem contas bancárias recheadas, como é o caso.
Apesar de sempre ter conseguido tirar algum proveito nas asneiras que vais fazer e conviver perfeitamente bem com as consequências das mesmas aqui ficam algumas dicas de coisas a evitar por serem completamente desnecessárias à tua felicidade actual (ou futura):

* Pede mais coisas ao teu pai, não sejas tão "adulta" aos dez anos de idade, os motivos que te levam a não pedir nunca se concretizarão;
* Aliás aproveita a tua infância livre de preocupações e responsabilidades, caso contrário vais querer te-la vivido mais intensamente;
* Nunca sob circunstância alguma contes à D. por quem estás apaixonada (mesmo quando já não estiveres), ela não vai achar problema nenhum contar-lhe e tu vais passar uma vergonha enorme em frente à turma toda;
* Sabes a J.? A sua amizade não vale o teu esforço;
* Não deixes que a tua prima te convença a tirar fotos à beira mar e ainda por cima com a tua máquina, ela nunca mais funcionará depois de uma onda vos molhar;
* Não deixes de tirar fotografias naquelas saídas de amigos, apenas porque estás farta do facto de seres tu a levar a máquina se ter tornado um dado adquirido para os restantes, vais sentir falta dessas fotos;
* Não faças birra por ninharias, principalmente junto daqueles que nada (ou muito pouco) tiveram a ver com elas;
* Coloca o protector solar antes de sair de casa e não apenas na praia;
* Vai a Lloret, o dinheiro que vais gastar será menos e mais bem aproveitado do que na tua tentativa de tirares a carta;
* Não comentes com ninguém que tens um blog, ele vai descobri-lo e vais deixar de poder escrever o que realmente queres/precisas;
* Esquece essa mania irracional que as pessoas não vais gostar de ler os teus comentários e começa a comentar os blogs que segues diariamente;
* Não peças ao G. para te guardar o porta moedas, ele vai perde-lo e juntamente com ele todo o dinheiro que lá tinhas;
* Recusa-te a ter uma "conversa séria" com alguém quando estás bêbeda, por muito que insistam e penses que essa seja, a única maneira de as coisas ficarem resolvidas, não ficam, vais fazer figura de idiota e vais ser incapaz de te lembrares das palavras exactas quando as tiveres que recordar um dia mais tarde;
* Não uses a ironia ou o sentido de humor como mecanismos de defesa quando o assunto é uma possível doença grave, os teus amigos não vão perceber;
* Aproveita BEM a tua vida académica, vai deixar mais saudades do que imaginas;
* Não peças ao Prof. que te deu um 17 para ver a correcção da frequência baseado no facto de ter havido 19's e achares que te tinha corrido melhor, ele vai ficar "ofendido" e nunca mais te vai dar outra nota que não seja 15;
* Não lhe mandes os teus textos, no fundo ele não os quer mesmo ler;
* Guarda as fotografias do teu último ano de secundário num cd, o teu novo pc vai ser formatado "n" vezes e vais acabar por as perder;
* Por falar em secundário...começa a fazer voluntariado mesmo que percas as tardes livres;
* Não beijes ninguém apenas porque parece valorizar-te quando quem querias que o fizesse não o faz, no dia seguinte, depois de 30 mensagens recebidas não vais achar que foi uma boa ideia;

Pronto, acho que era só isto, aconselho-te a leres esta carta até a teres decorado...vais-me poupar muitas lágrimas!
Beijinho"


A ideia deste post foi completamente "roubada" ao Ricardo, do blog Bla Bla...Blog? que após ter escrito uma carta ao seu eu passado desafiou os seus seguidores a fazer o mesmo.

"novo" desafio

Como vais vale tarde do que nunca....cumpro agora um desafio que a querida Turista do blog Turista Acidental me colocou há algum tempo atrás, ora sendo este um desafio a que já tinha respondido neste post vou só responder às suas perguntas....

1. Que blogger gostarias de conhecer ao vivo? Acho que não consigo escolher apenas um, principalmente entre aqueles com quem interajo mais seria óptimo associar um rosto a um nome/blog...

2. Se iniciasses agora um blog, como lhe chamarias? Hummm provavelmente manteria o mesmo nome, continua a fazer sentido.

3. No teu blog, escreves tudo o que te apetece? Tudo tudo não, apenas alguma coisa que considere que valha a pena ser lida.

4. A tua família tem conhecimento do teu blog? Sim, aquela que sabe minimamente o que é um blog, mas raramente o visitam.

5. Os teus amigos têm conhecimento do teu blog? Alguns, faz-me (cada vez menos mas ainda) um pouco de confusão saber que eles o leiam, por encarar este meu cantinho como um lugar onde posso desabafar e por vezes falar sobre assuntos que por um motivo ou outro não quero/posso/consigo falar com eles...

6. Por vezes encarnas uma personagem, no teu blog? Em alguns dos meus textos sim...

7. Achas que a blogosfera, reflecte a sociedade actual? Sim

8. Porquê? Sendo ela constituída por um número tão grande e variado de pessoas acho que sim (apesar da minha pouca experiência).

9. Já tiveste contactos para divulgares serviços ou produtos, no teu blog? Não

10. Aceitaste?

11. Já tiveste outro blog? Não era bem um blog (tanto que quando passou a tal privei a conta) tive um espaço no "spaces" do MSN.

10.4.12

09.04.2011

O dia amanheceu ensolarado, ao acordar a ansiedade e expectativa manifestavam-se pesadamente no meu estômago.
Vesti o traje lentamente, alisando rugas inexistentes, endireitando um nó de gravata perfeito, calcei os sapatos finalmente aos meus pés moldados, depois de tanto uso lhe ter sido dado. Observei a imagem com que o espelho me brindava, cada emblema e cada nódoa na capa preta no ombro suportada, cada fita na pasta colocada, tantas histórias e memórias ali eternizadas…
De capa traçada, passei grande parte da cerimónia, sentada perdida em pensamentos, camuflada entre tantas capas pretas que efusivamente, bem alto, abanavam as suas pastas com fitas das mais variadas cores.
Cada música, cada discurso, cada pequena acção invocava em mim memórias e sentimentos diversos e por vezes contraditórios, ora sorrisos e uma felicidade extrema, ora lágrimas de saudade há muito antecipada e receio de um futuro incerto.
Depois das insígnias impostas, era chegado o momento de por fim as fitas pelo fumo passar e esse instante, apesar de na minha memória estar para sempre gravado, não o consigo decentemente descrever. Ali, rodeada de preto e a cor do meu curso, entre uma multidão ensurdecedora de gente, por segundos o barulho, a minha mente bloqueou, enquanto os flash’s dos fotógrafos se certificavam que numa fotografia tal momento poderia ser posteriormente recordado, uma única certeza me invadia: tinha valido a pena!
Apesar de todas as dúvidas e receios, de todos os dissabores e frustrações tinha valido a pena, depois de tantas aulas, trabalhos, frequências e exames, horas de estudo e folhas e folhas de apontamentos…tinha valido a pena, por todos os momentos, por todas as pessoas que nos últimos três anos o seu caminho comigo partilharam, e pelo orgulho e felicidade que no olhar dos meus familiares e amigos eu podia testemunhar…tinha valido a pena!
Um ano passou desde daquele dia, em que rodeada de (quase) todas as pessoas importantes na minha vida as minhas fitas queimei, explicar a importância do mesmo para mim, por muito que escreva talvez nunca seja capaz, mas acredito que tenha sido exactamente naquele dia, em frente aquele pote cheio de fumo que pela primeira vez experimentei uma sensação de felicidade plena…


"Aproveite bem os momentos felizes de uma vida, porque ela é curta de mais para ficar numa simples lembrança!"
 Willy Neval

6.4.12

Se por acaso algum dia notares que notícias, da minha parte deixaste de receber,  que as demonstrações espontâneas de afecto e carinho tão características em mim, a ti deixaram de chegar...
Não me julgues precipitadamente, tira cinco minutos do teu dia e reflecte. Conta quantas mensagens ou telefonemas me dispensaste no último ano, quantos momentos importantes ou corriqueiros da tua vida, nesse mesmo espaço de tempo comigo partilhaste, nos cafés e saídas que apesar de tantas vezes prometidos/combinados nunca se concretizaram.
Não criar expectativas sobre pessoas, relações ou situações é extremamente complexo e difícil e eu, como mera humana que sou, falho constantemente tal objectivo. Assim, por mais que as expectativas sejam mínimas e que o tempo me vá tornando cada vez mais imune a decepções, estas ainda ocorrem, com mais frequência ou intensidade do que aquela que eu queria/gostaria.
Desculpa-me o silêncio no qual me refugiei nos últimos dias, desculpa-me o isolamento no meu cantinho ao qual ninguém deixo ter acesso, mas desta vez (apenas desta vez) preciso que sejas tu a apostar, a correr atrás a provar aquilo que tão facilmente se torna demasiado fácil de verbalizar.


"A vida fica bem mais fácil se você mantém baixas as expectativas de todo mundo."
Bill Waterson, in Calvin and Hobbes

p.s. Voltei! Obrigada pelos comentários e apoio/atenção e carinho com que me brindaram no meu último post. Há por vezes em mim, uma necessidade de me isolar e recolher em mim, para redefinir metas e prioridades. Prometo responder nos próximos dias aos desafios em atraso ;)

1.4.12

Era só isto...

Nos últimos dias...
permanece uma tristeza no olhar,
um sufoco no peito,
uma dificuldade em me expressar (mesmo por palavras de outros).
Não sei o porquê ou tão pouco quanto tempo durará.