30.12.13

Pedacinhos de mim: 2013 em fotos...

(Peso da Régua e a já tradicional foto dos pés com a D.!) 




(Chaves, a primeira das muitas "idas à descoberta"
  deste ano...)                         




(Eu e a D. a preparar a "pose" na foto de "praxe" 
                             de aniversário)
(Recordações de uma Serenata
 e a minha teimosia habitual de contrariar
 quem disse que parecia mal pedir autografo 
a ídolos de adolescência)


(Perdida algures pela Serra do Marão, 
num regresso ao passado através da participação no 
"Caça ao Tesouro" da minha antiga escola secundária)

(Bruxelas e uma das melhores experiências da minha vida!) 


















(Percebo que estou "velha" quando as minhas amigas
            do secundário se começam a casar!)














(Negro, o mês, o dia, as nossas capas, o meu coração)














(Gaia, praia e boa companhia...óptimo para espairecer)


















(Braga e Barcelos, porque quando é crucial 
sei que posso contar com as minhas pessoas
 para "me darem colo"...)


















(Porque o meu ano também se fez
                de música...)*










(A minha mais recente colecção...já são 15! Adoro!)


....e assim foi o meu ano, entre risos e muitas lágrimas, 
em novos sítios mas sempre com quem me é essencial,
recheado de bons momentos mas também com alguns muito maus,
que parecem querer eclipsar todo o resto!
2014, sê bom para mim...e se não poderes, sê pelo menos gentil!



*perdi a foto do meu bilhete das tunas, então roubei uma foto daqui
todas as restantes são da minha autoria


"Os maus momentos nunca estão presentes num álbum de fotografias, 
mas são eles que nos levam de uma foto feliz para a outra."
(Desconheço a autoria)



27.12.13

Devaneios de uma noite de insónia

Quando a noite cai, naqueles últimos minutos que antecedem o embalo do meu consciente num sono profundo...deixo que a minha mente fuja para ti e que formule e reformule mil e um cenários possíveis onde apenas haja espaço para nós dois. Liberto-me das minhas inseguranças e momentaneamente esqueço todos os porquês de tal não ser possível, imagino que gostas de todas as minhas imperfeições e pequenos nadas e toda eu sou gargalhadas e sorrisos..
Quando a noite cai, no aconchego do meu quarto e no silêncio do escuro volto ao meu mundo cor de rosa, cheio de sonhos...fecho a porta a todos os problemas e percalços que te levaram para longe de mim e enquanto a noite dura e o sono não chega, volto a ser feliz!

"Não se desligam pensamentos. 
Podem até mudar-se atitudes, encobrir sentimentos e ocultar lágrimas e olhares. 
Mas não se desligam pensamentos. 
É o que de mais intrínseco tempo. O que (quase) ninguém nos lê.
 De onde tu não sais. Incessantemente. 
Onde posso voltar a tornar realidade aquilo que me faz feliz. 
Onde esqueço o que me incomoda. 
No meu pensamento, és meu. E serás. Sempre!" 
(desconheço autoria, encontrado aqui)

*imagem daqui


24.12.13

Feliz Natal!

Entre a elaboração da consoada e o embrulho das últimas prendas ao som disto (em modo "repeat"que é para ver se entro definitivamente no clima natalício), só passei por aqui rápido para desejar a todos os que sempre arranjam um tempinho para ler os disparates que por aqui se escrevem e partilham...um Feliz Natal, passado junto de quem mais amam recheado de muito amor e alegria, porque no fundo os melhores presentes não são os que podem ser comprados!

P.S. Na "bila" mais Real de Portugal (como diriam as minhas amigas), o Natal tem sido um pouco assim...está tão linda a minha cidade!


FELIZ NATAL


"Se no Natal não posso estar junto de quem amo, 
então, quando todos os que amo estão ao meu lado, é Natal"
Desconheço a autoria




16.12.13

Da tua ausência...

 (...) numa das dezenas de séries que vejo, uma personagem dizia que a voz é a primeira coisa que esquecemos de uma pessoa…dei por mim a confirmar involuntariamente com um movimento de cabeça…a verdade é que me é difícil lembrar-me exactamente da tua voz e recordo-me que esta minha dificuldade começou poucas semanas depois daquela semana horrível!
Por vezes faço um esforço deliberado para te ouvir de novo na minha mente, mas apenas a mim me ouço (irónico novamente quando me recordo muito bem de uma altura e de uma conversa em que te dizia que a “voz da minha consciência” tinha ganho o péssimo hábito de pedir emprestado o teu tom de voz)…mas às vezes quando apanho talvez distraído o meu consciente ouço-te a gargalhar sobre o facto de seres uma péssima pessoa por achares graça a um vídeo ao qual não deverias achar, e de novo sinto a tua falta! Parece que uma onda de tristeza me envolve e o sorriso morre nos meus lábios...

Tenho medo destes pequenos pormenores que vou esquecendo pois passam-me a ideia que a pouco e pouco te vou apagando da minha mente…e se isso acontecer será como se me habituasse à ideia de que já cá não estás, que já não me soa estranha e forçada esta tua ausência ou pior…será como se nunca teres existido, e isso, para mim é pura e simplesmente inaceitável, foste e és demasiado importante (...)



Ao som de: Grace Simon Webbe

Imagem daqui

11.12.13

Eu e o espírito de natal (ou a falta dele)....

Confesso que sempre adorei o natal pois era normalmente quando o meu pai vinha de férias e essa a melhor e única prenda que normalmente recebia (só depois "de grande", começamos a trocar presentes aqui em casa).
Para mim, o natal é sinónimo de família, de uma mesa cheia de pessoas, com muitas gargalhadas e conversas a embalarem as batatas cozidas e o bacalhau e talvez exactamente por causa disso (este ano seremos apenas eu e a mãe) é que este ano não consigo sentir aquela magia e encanto que parece contagiar as pessoas nesta altura do ano...as prendas (para as crianças) na sua maioria estão por escolher e a decoração tarda a chegar aqui a casa, a árvore e o presépio continuam arrumados à espera que os primos tenham tempo para virem ajudar (já que a minha vontade de lhes mexer é nula) e apenas a ideia de poder ir à escola (que será também sempre a minha) dos mais pequenos ver a festinha que nesta altura costumam fazer, e os globos de neve lindos que me ofereceram, me faz começar a sentir um pouquinho o espírito da época!

"Maybe Christmas doesn´t come from a store.
Maybe Christmas...means a little bit more..."
The Grinch

*imagem daqui

8.12.13

O que é a amizade? Como se define, como se mede, como se prova?
No fim da minha adolescência tinha uma amiga (daquelas que achava eu, era e seria para sempre essencial) éramos confidentes uma da outra e tão próximas que esse laço provocava uma certa "inveja" a quem nos rodeava. O tempo passou, e entre o  facto de estudarmos em universidades diferentes e o namoro que ela entretanto iniciou  afastamos-nos  cada vez mais...
Não sou de deixar que ninguém saia da minha vida sem antes primeiro tentar perceber o "porquê" e apesar de eu o tentar fazer neste caso não tive respostas apenas suspeitas...
Usei o sarcasmo e a ironia como camuflagem cada vez que falávamos ou estávamos juntas para que ela não visse o quão magoada fiquei pela aparente facilidade com que ela desistiu da nossa amizade ao mesmo tempo que outras pessoas na minha vida me mostraram que a amizade passava por muito mais do que o relato infindável dos meus problemas "amorosos" de adolescente num chat de MSN ou dos comentários às séries que víamos, que é preciso disponibilidade para a outra pessoa, iniciativa para se encontrarem por muito apertado que o tempo seja (principalmente quando o mesmo parece abundar quando se trata de outras pessoas)...
Foi a primeira pessoa de quem a amizade desisti por completo quando me apercebi que talvez ela apenas existisse, a partir de certa altura, da  minha parte.
Anos depois, uma amiga em comum confessou-me ficar triste ver duas pessoas outrora tão próximas, hoje quase completas estranhas...disse-me que não era a única a ter queixas e que nunca seria tarde para uma conversa esclarecedora.
Eu, tão a favor de segundas oportunidades, neste caso específico não sou capaz de o fazer...conversar sobre o quê, quando numa das raras ocasiões que estivemos juntas ela já deixou escapar o porquê de se ter afastado...Conversar porquê quando na altura eu o tentei fazer e ela fez "ouvidos de mercador"! Conversa para quê quando hoje não existe nada a salvar daquela amizade e somos pessoas bastante diferentes das daquela altura...
Contudo quando as memórias desse passado surgem na minha mente...duvido das minhas certezas, pois apesar de tudo continuo a me preocupar com ela...

"Amigos duram para sempre em nossos corações, mas infelizmente
alguns não duram para sempre na nossa vida."
(desconheço a autoria)

*imagem daqui

25.11.13

Singularidades minhas: o amor incondicional pelos meus primos

Faço parte de uma família grande, espalhada pelo país e arredores logo tenho primos de todas as idades e feitios...e a verdade é que existem poucas coisas das quais goste tanto ou mais de como gosto deles! Uns mais longe outros mais perto, uns presença constante outros esporádica, basta 5 minutos com qualquer um deles para que o cinzento de um dia menos bom se eclipse!
Por eles, não existe nada que eu não faça se apenas de mim depender, com eles um filme acompanhado de muitas pipocas ou uma sessão improvisada (e muito desafinada) de karaoke têm outro sabor!
Por eles, volto a ser "ridiculamente" criança, faço festas de pijama, recrio jogos e viro "especialista" em artes plásticas, por eles abdico de dormir até mais tarde ao domingo e apanho uma "seca" no parque...pois com eles o meu dia-a-dia é mais brilhante e colorido, com eles na minha vida,  é muito mais fácil  acordar diariamente com um sorriso no rosto!


"Cousins are people that are ready made friends, you have laughts with them and remember good times from a young age, you have fights with them but you always know you love each other, they are a better thing than brothers and sisters and friends because there all pieced together as one." Courtney Cox

*Imagem daqui



23.11.13

Disparates do coração III

...e assim do "nada", já não sei se apenas o nego, por ser verdade ou apenas por força do hábito, se me ocupas demasiado o pensamento por falta de criatividade minha ou porque o meu coração está determinado a que a razão admita aquilo que a mesma nem quer sequer equacionar, e às tantas dou por mim  completa e terrivelmente perdida...confundes-me! Agora, mais que nunca...


5.11.13

Estado de espírito#2




"Há músicas que nos fazem querer dançar, músicas que nos fazem querer cantar junto, mas as melhores músicas são aquelas que nos levam de volta à primeira vez que as ouvimos e, mais uma vez, partem nosso coração."

Gossip Girl

1.11.13

E se eu fosse...

...dizem que se eu fosse uma princesa da Disney seria......a Bella!

"Eu - (...) princesas, princesas prefiro a Bella!
 Ele - Sim, tem mais a ver contigo.
 Eu - Pelos livros?
 Ele - Os livros e a personalidade...
 Eu - Personalidade? Hahh já sei....por ver a bondade na "fera"!
 Ele - Sim, mas não só...por nunca veres a Bella descontrolada, sempre simpática... (...)"


 A verdade é que tem razão (em parte pelo menos) adoraria saber cantar com a Ariel ou a Branca de Neve, ter o grau de determinação da Pocahontas, ou a bravura da Mulan, mas não é o caso!

Imagem daqui:

28.10.13

Pertencer a uma família de emigrantes...

Pertencer a uma família de emigrantes é complicado, pelo mais variado conjunto de motivos: desde da distancia física e emocional que se vai instalando até à saudade que preenche a vida quer de quem parte, quer de quem fica...
Crescer fazendo parte de uma família de emigrantes é aprender desde tenra idade a viver com esta realidade, é aprender a valorizar e a fazer valer a pena todos os momentos e memórias partilhados em conjunto quando a oportunidade surge, é tentar fazer do "longe" o mais "perto possível" ou ver os aspectos bons da situação...
Mas ser de uma família de emigrantes é extremamente difícil nos dias mais importantes de cada membro da família, é  por exemplo: "apenas" poder ligar e mandar um presente quando a irmã faz anos, quando o que mais se queria era abraça-la ou  poder cozinhar o seu prato preferido apenas por ser o "seu dia", é "apenas" poder fazer uma vídeo chamada durante o jantar de Natal que por muito bom que seja não chega nem de perto à presença física da pessoa ali, naquela mesa comigo....é atribuir proporções exageradas a doenças ou humores pois a voz ou o olhar parecem diferentes...
Pertencer a uma família de emigrantes não é fácil...pelo menos, não para mim em certas e determinadas alturas...


"Em Portugal a emigração não é, como em toda a parte, 
a transbordação de uma população que sobra; 
mas a fuga de uma população que sofre."
Eça de Queirós

*Imagem daqui

22.10.13

Dos elogios..

...fazem-me sentir ter o dia ganho, quando chegam assim: inesperados!

"Eu - (...) tem mesmo que ser assim...o mundo precisa de mais pessoas que pensem como tu!
Ela - Que pensem como nós, muito daquilo que eu sei e penso, também aprendi contigo! (...)"


"Em certas pessoas, o alegrar-se com um elogio é apenas uma delicadeza do coração, 
e precisamente o contrário de uma vaidade de espírito."
Friedrich Nietzsche



15.10.13

Sabiam que nos encontramos em plena Semana Pelo Combate à Pobreza e Exclusão Social?
Dia 17 de Outubro celebra-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, não deixem que este dia seja apenas mais um...informem-se e participem como poderem nas Jornadas pela Cidadania, que se realizarão um pouco por todos os distritos do país nesta data...eu pretendo ser cada vez mais uma voz activa na nossa sociedade, e vocês?
Em Vila Real vai ser assim:


Mais informações sobre as actividades a realizar pelo país, aqui.

14.10.13

...

Certa vez alguém me disse que quando sabemos que uma pessoa gosta de nós e o sentimento não é reciproco, ao "forçarmos" uma convivência (por esse mesmo motivo ou não) com essa mesma pessoa, é provável que comecemos a ver a mesma com outros "olhos"...na altura  rejeitei veemente a teoria, argumentando que não nos conseguimos obrigar a gostar de quem quer que seja (por muito que o desejemos)...
Contudo, hoje no regresso a casa, dei por mim a reflectir....até que ponto o que sentimos por outra pessoa não é (e muito) influenciado pelo que ela sente por nós?
A verdade é que conheço mais que um casal que no início uma partes não estava de todo interessada e foi  por pura teimosia e persistência da outra parte, que hoje estão juntos...
Sempre tive uma visão muito romantizada do amor, com direito a príncipe (des)encantado e atracão à primeira vista, assim toda esta visão me soa um tanto ou quanto estranha...mas tal não anula a hipótese que a mesma seja verdadeira, será?

"À força de falarmos de amor, apaixonamo-nos"
Pascal

*(imagem daqui)

4.10.13

Os meus pequenos nadas: a minha viagem de sonho...

         (Salzkammergut, Áustria)

Não sei muito bem o porquê deste país ser tão fascinante para mim...apenas sei que sonho visita-lo desde pequena e que agora como nunca, tenho a certeza que um dia, de alguma forma me perderei por paisagens idênticas a esta...

*Imagem daqui

26.9.13

Porque nos últimos tempos andei a explorar e a deixar-me maravilhar por alguns cantos e recantos deste nosso Portugal, é bom contudo ser relembrada das próprias maravilhas da minha cidade!



Selinho


Oferecido pela Paula (obrigada linda!) do blog Suspiros de um amanhecer, é um selo para ser oferecido aos blogs que consideremos como sendo reais (ainda que eu não saiba bem em que consiste esta definição), e exige a resposta a duas perguntas:

O que mais gostas na vida?
Dos meus pequenos nadas: os abraços, as gargalhadas e sobretudo as pessoas que constituem o meu mundo...

Há alguma mensagem que queiras partilhar?
Talvez apenas aquela muito cliché....sejam felizes (no fundo é o mais importante não)?

Como disse em cima não percebo bem a definição do selo e como para mim todos os blogs que sigo são reais por serem escritos por pessoas e para pessoas....deixo o selo a quem o quiser levar :)

23.9.13

...ainda falta muito para o fim do ano?

#modo queixinhas ligado....ainda falta muito para o fim do ano? É que 2013 até aqui quase que só me tem brindado com desilusão atrás de desilusão, estou cansada de procurar o lado bom de cada situação (por muito má que ela seja). Preciso de um recomeço, de um novo ano cheio de possibilidades! #modo queixinhas desligado

* Faltas-me tu, para me "dares na cabeça", até eu deixar de dar importância a quem não a merece!

20.9.13

Os meus pequenos nadas: eu e a saudade...

Quando o assunto é saudade eu sou extremamente portuguesa, sou saudosista até à modula...sou "apegada" por defeito a momentos e pessoas, cheiros e sensações, músicas e palavras...então acho que vivo em constante saudade, de alguém, de algo e às vezes até de mim mesma...
Não vivo contudo no passado, sei perfeitamente que cada novo amanhecer é um presente, uma oportunidade de criar novas e inesquecíveis memórias, já não sou tão "dependente" das pessoas como outrora e acredito que hoje sei quem me é essencial, quem teve um papel importante no meu caminho mas dele não faz mais parte (por todo um conjunto variado de motivos) e quem simplesmente não vale o meu tempo...
Sim,  se fosse um sentimento talvez fosse saudade e como tal, desde cedo aprendi a lidar com a mesma, se sinto a falta de alguém: ligo, procuro, faço-lhe saber; se sinto a falta de algo: rapidamente o procuro; ou se as memórias e recordações sem aviso prévio me visitam, deixo facilmente que as mesmas me inundem e estampem uma sorriso sereno nos meus lábios...
Não me considero por norma uma pessoa nostálgica ou melancólica, mas confesso que no último mês a saudade não tem "jogado limpo" comigo...
Como posso aliviar a falta que alguém me faz, quando já não mais lho posso dizer?
Como tapar "o buraco" enorme que na minha vida ficou, quando de um momento para o outro aquele "algo" tão nosso, tão único, me foi arrancado?
Só me resta as lembranças, mas essas rapidamente me traem também e escondem os pequenos pormenores que as faziam únicas...a melodia de uma voz, as palavras exactas proferidas, um cheiro...


* imagem daqui....e adorei a definição de saudade que encontrei aqui

17.9.13

Desabafo#2

... e quanto mais tempo passa, mas aumenta o meu medo de que aquela "tristeza" que um dia tentaram apagar do meu olhar tenha voltado para ficar de vez...que aquela menina que era extremamente sentimental e carinhosa com o próximo se torne de dia para dia cada vez mais cínica e amarga, cedendo finalmente à crueza desta vida...
...quanto mais o tempo passa, mais aumenta o meu medo de me olhar ao espelho e já não conseguir encontrar sequer um pedaço do melhor que em mim um dia, me fizeram descobrir...

*imagem daqui

12.9.13

Eu e a religião...

Desde que me lembro de ser gente que fui educada na fé católica, fui baptizada, frequentei assiduamente a catequese, e apenas não sou crismada (porque o sr. Bispo da minha Diocese teima em não vir à Freguesia e o Pároco da mesma teima em "não deixar" os fiéis fazê-la fora dela).
Não sou uma devota acérrima, tenho a minha própria visão da fé e de Deus, acredito piamente que tem que existir algo maior que me guie e dê um mínimo sentido a esta vida por vezes tão injusta. Tento, todos os dias agradecer aquilo que tenho, aquilo que conquisto/alcanço ao mesmo tempo que peço orientação para os meus passos e  protecção para todos aqueles que me amam e que amo...
Acredito que cada um seja livre de ter (ou não) a relação com a religião que desejar e por norma sou bastante reservada no que toca a este assunto, contudo se hoje toco no mesmo (e o faço de uma forma tão pública) é apenas porque a minha relação com esta, nunca esteve tão tremida e uma vez mais procuro colocar alguma ordem na confusão em que a minha cabeça e o meu coração se encontram.
Quando se perde alguém é difícil aceita-lo (exista ou não fé), as palavras são ocas e muitas vezes apenas mais um lugar comum, a procura por algo ou alguém que nos conforte é inevitável (ou pelo menos foi-o para mim)...
Contudo, a aceitação e o tão almejado "seguir em frente" tornam-se extremamente difíceis quando quem representa a religião que sigo se mostra de uma insensibilidade atroz e tamanha falta de tacto (sobretudo quando supostamente lida com questões como a perda e o luto tão regularmente), que nada melhor tenha a dizer, durante o sermão de uma missa de primeiro mês, do que apenas e passo a citar "o seu tempo aqui na Terra chegou ou fim", "nada mais precisava de dar" ou "os seus dias estavam contados", como foi hoje tantas e tantas vezes repetido.
Tenho dificuldade em lidar e aceitar a morte, sobretudo assim, repentina e tão cedo, de alguém que ainda tinha tanto para viver. Como tal  nunca tentei informar-me mais sobre o assunto e confesso que apenas sei o básico defendido pela fé católica: que a devemos aceitar e acreditar que a pessoa que parte, será absolvida de todos os seus pecados e como tal acolhida junto ao Senhor, todavia não acho de todo que o discurso hoje proferido por este representante da igreja tenha sido o mais adequado para qualquer um dos pais, familiares e amigos ali presentes e que apenas tentam de qualquer forma aplacar a dor.
Na impossibilidade de ter uma resposta à pergunta que não cala no fundo da minha mente (porquê), apenas gostaria de receber palavras que de alguma forma transmitissem a mim, mas sobretudo aquelas famílias enlutadas hoje, ali presentes, algum alento, por mais ínfimo que fosse...
Assim torna-se difícil seguir activamente uma fé, onde os párocos me parecem tão mal preparados.

Peço desculpa pelo desabafo enorme e confuso a quem me lê, mas este espaço é primeiramente meu, e tal como o nome indica, é apenas e só o meu reflexo.

"Há uma única religião, embora haja centenas de versões da mesma." 
George Bernard Shaw


A ti, que provavelmente te ririas de todo este "filme",
que me moirias o juízo com todos os teus argumentos
racionais e lógicos, contra cada um dos meus emocionais
e espirituais...
espero sinceramente que estejas melhor onde quer que estejas,
que a minha teimosia prevaleça sobre a tua e que um dia,
seja lá quando e onde for, 
nos possamos reencontrar e falar sobre o tanto que ficou por dizer...

10.9.13

...das músicas da minha vida...



...este fim de semana tive a oportunidade de ver e ouvir, ao vivo um concerto desta senhora e se antes já era fã, fiquei completamente rendida a esta voz, ao profissionalismo e principalmente à interacção constante com o público durante todo o concerto.
Ouvir este tema, naquele momento a embalar-me as memórias a ele associado, teve o seu quê de mágico!
Sim, Portugal tem coisas muito boas e esta, é apenas uma entre as muitas outras.


"Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música"
Aldous Huxley

5.9.13

Para a irmã mais imperfeitamente perfeita do mundo....

És chata, irritante e melga na maioria dos dias, adoras achar que agora longe, tens que zelar pelo meu bem estar....
És trocista e brincalhona e eu sou um dos teus alvos preferidos...damos-nos bem (melhor longe do que perto) e conseguimos até ser bastante civilizadas, desde que não passemos mais de 24h no mesmo espaço...
Fazes parte da minha vida desde que me lembro de ser gente e praticamente desde dessa altura que sou mais "mãe galinha" contigo do que propriamente uma irmã mais velha...e como tal, sou chata, irritante e melga muitas vezes também (eu bem sei que não és só tu)!
Adoro-te minha melga preferida, fazes-me falta...sê feliz (mas com juízo!).
Para a irmã mais imperfeitamente perfeita do mundo....feliz dia do irmã(o)!

"Ter um irmão é ter, para sempre, uma infância lembrada com segurança em outro coração" 
Tati Bernardi

*imagem daqui

2.9.13

Hoje, como ontem (2.09.2009)

  " Do passado, permanecem as lembranças, boas e más. Memorias difíceis de bloquear quando a cabeça as evoca. Fica o som das gargalhadas proporcionadas, o sabor das lágrimas derramadas, fragmentos de conversas. Perduram as lições aprendidas com os erros cometidos, resta aquela amizade.
 Agora os sentimentos são outros, a disponibilidade não é igual, nós não somos os mesmos. Contudo ainda é o teu nome que evoco quando a vida me magoa, quando preciso de desabafar, quando me apetece colo e miminho.
   Nunca percebi muitos dos porquês de certas palavras, de certas acções e o passado hoje para mim apenas se resume a uma grande confusão.
   Procuro nos teus olhos, aquele alguém que conhecia e quase sou capaz de jurar que dele nada resta. Contudo, ao mesmo tempo ainda é contigo que me sinto capaz de falar de tudo, desde as coisas mais importantes às mais insignificantes, sem medos, sem inseguranças, sabendo de antemão que me irás julgar, ralhar, implicar, adivinhando que me vou chatear, mas não me importando com tal facto, ainda és das primeiras pessoas com quero dividir todas as minhas alegrias e fracassos, apesar de todas as mudanças!
   Será isto a verdadeira amizade? Será este o conceito de melhor amigo? Partilharás tu a mesma opinião?
   Em todas as tuas palavras, em todos os teus gestos e actos vejo o quanto mudaste e sinto-te a caminhar para bem longe de mim. Não quero! Controlo-me para não te segurar por um braço e entrelaçar-te de tal modo na minha vida, que dela nunca sejas capaz de sair, mas não me sinto no direito de o fazer.
   Sei que tudo tem prazo de validade actualmente, que na azáfama do dia-a-dia, as relações esmorecem, o tempo escasseia e muito fica por dizer, por fazer, por viver, as pessoas perdem-se umas das outras sem saber muito bem quando nem porquê.
   Hoje divago por te querer dar um “miminho” especial pelo teu aniversário personificado naquilo onde melhor me sei expressar. Divago por não saber o que o futuro nos reserva, por não saber o que o amanha nos trará, se amanha ainda o poderei dizer, para amanha não poder lamentar algo que tenha ficado por revelar.
   Porque…«Só as coisas importantes são lembradas quando nos esquecemos de tudo o mais» "


p.s. era suposto ser um texto de jeito, do qual tu gostasses, uma prenda simbólica…mas em vez disso, saiu isto, mais 1 testamento q não diz nada de jeito!!! Desculpa eu tentei….=) "

Hoje, como ontem...continuo a pensar o mesmo...  
Hoje, como ontem...sinto-me abençoada por nunca
nos termos perdido um do outro, nunca por muito tempo
ou definitivamente pelo menos, nas encruzilhadas da 
vida (obrigada por me ter ganho nessa teimosia já agora).

Parabéns...

Parabéns!
É difícil escrever este texto (para não variar) e apenas o faço porque te prometi que neste aniversário te diria mais do que somente "parabéns" (desculpa, por isso já agora...às vezes era muito fácil esquecer que também "tinhas coração")....
Sempre fui a menina das palavras, a criativa, a escritora por descobrir, lembraste? Aquela das mensagens fofinhas e tocantes...Mas hoje qualquer palavra soa inadequada e supérflua para descrever o que me vai na alma....Sempre foste a minha maior inspiração, quase todos os meus melhores textos, foram escritos contigo no pensamento e contudo escrever directamente sobre ti, para ti...sempre foi o meu maior ponto fraco (...e não, nem o facto de a 2a Guerra Mundial ter acabado neste dia e por tanto ser um dia inspirador, segundo palavras tuas, ajuda).
Hoje rodeio-me de palavras e frases, conversas e desabafos que um dia trocamos em busca de algum alento, algumas roubam um sorriso...que desaparece tão subitamente como surge...outras parecem manifestar-se como um pronuncio do que estaria por vir e (mesmo tendo prometido) não consigo evitar uma ou outra lágrima fugidia...
No fundo apenas espero que nunca tenhas duvidado do quanto de ti gosto e do quão importante me és e que mesmo do meu jeito torto, irritante e por vezes infantil tenha conseguido ser para ti 1/3 de tudo aquilo que para mim és...
Hoje seria o dia em que te mandaria uma mensagem às 10h e 15, porque ser essa a hora em que nasceste e por eu ser (segundo o que dizias) das poucas pessoas que o sabia (contigo sempre tentei marcar a diferença nos pequenos pormenores, falhando redondamente na maioria deles)...provavelmente não seria tão fria como no ano passado (porque afinal de contas se teimavas em te esquecer dos meus anos, eu tinha que te mostrar o meu descontentamento de alguma forma!), diria meio a serio, meio a brincar que me és essencial e apenas te desejaria o melhor, por apenas isso querer e poder desejar para  ti.
Responderias ironicamente bem sei, mas no fundo bem "babado" por não me ter esquecido!
Hoje teria uma prenda simbólica para te dar, que te fizesse lembrar sempre de mim (como tanto me melgaste que querias) para levares contigo quando fosses de Erasmus daqui a uns dias, em vez disso permanecerá sempre comigo entre as coisas cromas "que um amigo cromo um dia me deu", nas esperança que no futuro eu começasse a gostar...
Daqui a uns dias iria à tua festa de anos que seria especial e ficaria na memória (como sempre frisaste que querias),aliás como todas as outras...
Fazes-me falta (e eu não sei de todo lidar com isso).
Adoro-te, hoje e sempre.

*Imagem daqui

1.9.13

Banda sonora da minha vida#1



(Banda sonora dos últimos dias...e dos próximos, suspeito eu!) 


" (...)And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do (...)"

30.8.13

Palavras do passado que poderiam ser as de hoje...

"Hoje é um daqueles dias em que tudo me parece opaco, sem brilho, triste, ou se calhar é só meu estado de espírito que retira a beleza do que me rodeia....
Sinto-me triste, sem um motivo em especial para tal, ou se calhar até sei exactamente o motivo, mas não interessa, hoje estou apática, sem vontade de fazer seja o que for....olho pela janela e vejo que a vida continua lá fora...para o bem e para o mal ela nunca pára....mesmo que me sinta estagnada no tempo, presa no mesmo sítio...
Li em algum sítio algo parecido com isto, que quando o presente nos magoa temos tendência a refugiar-nos num passado onde já fomos felizes...ultimamente dou por mim a fazer muitas vezes essa fuga...mas já não sei se será a melhor solução...sei que em vez de me refugiar no meio de objectos e lembranças que me trazem boas recordações deveria enfrentar o presente, ser forte e ter a esperança que o novo dia traga um novo recomeçar...e é o que tento fazer...pelo menos na maioria dos dias...
Houve alguém que um dia me definiu como «...uma pessoa divertida mas desiludida com a vida...», nunca ninguém me definiu tão bem em tão poucas palavras...é por isso que ultimamente me escondo nas recordações...não é de todo a melhor solução..bem o sei...principalmente porque o sorriso que nasce nos meus lábios é logo substituído por uma tristeza...tristeza por nada ser igual, tristeza por tudo ter mudado tao depressa e eu não conseguir entender o porquê...apenas porque é bem melhor que o presente..."

*imagem daqui.



27.8.13

Palavras que poderiam ser minhas #2

“Há uma verdade universal que todos precisamos aceitar querendo ou não: tudo acaba algum dia (…) eu nunca gostei de finais. O último dia do verão, o último capitulo de um livro, despedir-se de um amigo próximo. Mas finais são inevitáveis. As folhas caem. Você fecha o livro. Diz Adeus. Hoje é um desses dias para nós. Hoje dizemos adeus a tudo que era familiar, a tudo que era confortável. Estamos seguindo em frente. Mas mesmo ao estarmos partindo e isso dói, há pessoas que fazem tanto parte de nós que estarão connosco não importa o que houver. Eles são nosso chão. Nossa Estrela Polar e as vozes em nossos corações que estarão connosco SEMPRE"


Andrew Marlowe/Terri Edda
(Castle 4x23)
*foto: Cindy Rodriguez

26.8.13

...das coisas mais bonitas que algum dia me leram...*

"Se me amas não chores
Não chores ao sentir a minha falta
Não chores por já não me veres sorrir
Se me amas não chores
Hoje sobre os anjos me sento
E estou feliz aqui em cima
Vejo melhor ainda o teu talento
Vejo tudo sobre um melhor clima
Se me amas não chores
Não te despeças de mim,
Não por favor,
Tenho um lugar reservado para ti
Sem ser bem dentro do meu interior
Tenho uma poltrona bem cómoda
Para que te sentes do meu lado
Para que juntos possamos viver
E recordar todo o passado
Tenho um pedido a fazer-te
Olha por quem eu mais amo
Pois seja na terra ou no céu
É por essas pessoas que eu sempre chamo
Se me amas não chores
Eu não parti,
Não vejas tudo como uma despedida
Eu estou aqui
Para te curar dessa ferida
Que por ela tanto choras
Que por ela tanta dor dizes sentir
Lembra-te,
Lá de cima serei eu que te irei fazer sorrir
Quando olhares para o céu
Alegra-te e sorri
Por teres lá alguém
Que está a olhar por ti.
Por favor...

Se me amas não chores!"

(I will try, I promiss you, that...)

*..ouvido hoje durante a missa e encontrado aqui.
**...mas eu chorei, muito mesmo...

24.8.13

Uma semana depois e ainda dou por mim a duvidar se foi mesmo real e não apenas fruto da minha imaginação, dou por mim à espera de uma chamada ou uma mensagem para irmos tomar café ...
Uma semana depois e estás presente mais do que nunca no meu pensamento, tudo à minha volta me faz recordar-te, os lugares por onde passamos que parecem invocar ainda mais, as memórias; a lista de filmes que um dia me recomendaste e que no placard do meu quarto vai ficando esquecida, pois já não terei com quem trocar opiniões; a minha prenda atrasada de aniversário que tão bem disposta me deixou na altura... e que hoje permanece intocada.
Perguntam-me incessantemente como estou e eu, incessantemente respondo o que sei quererem ouvir, pois a verdade é que no fundo não sei como estou...vazia talvez, despojada de qualquer mínima alegria que antes tão facilmente era capaz de encontrar, com um aperto constante no peito que não consigo aplacar...
Nunca antes perdi ninguém que me fosse tão próximo, tão repentinamente, não consigo chorar-te, pelo menos não, como acho que deveria, como  acho que merecias...e tal facto faz-me por vezes ter medo que no fim de contas acabes por ter razão e esta, seja a prova de que se calhar não me eras assim tão importante...
Fecho os olhos e tento afastar estas dúvidas, refugiando-me na certeza que foste, como poucos, crucial na minha vida nos (para sempre escassos) anos, que dela fizeste parte...
Tento seguir em frente, viver um dia de cada vez, esperando que o amanhã seja um pouquinho melhor, que me seja possível voltar a alimentar-me em condições, que a vontade de dormir a grande maioria do dia passe e que os meus olhos não humedeçam inesperadamente, mil e uma vezes ao dia...
Escrevo, tentando reflectir o que me vai na alma, mas nada do que fica impresso na folha de papel, chega sequer perto de o transmitir...

"The stars that shine strongest are those which burn faster."
Gossip Girl

*imagem encontrada na Internet, desconheço a sua autoria

isn't it ironic?

....que a grande maioria dos textos que um dia te escrevi...descrevem praticamente o turbilhão de sentimentos que me caracteriza à uma semana?

20.8.13

17.03.2009

"Ele é perfeccionista, a pessoa mais teimosa do mundo, viciado em cinema, fã d’O Senhor dos Anéis, de tal forma racional que poderia por vezes parecer frio, mas principalmente, tão optimista que parece querer contagiar tudo e todos dessa forma…
Ela é tímida, a pessoa mais complicada do mundo, viciada em séries, fã do Harry Potter, completamente emocional que nunca consegue tomar uma decisão racional, mas sobretudo tão negativista que é capaz de irritar qualquer um…
Como é que estas duas pessoas tão diferentes, de mundos tão distintos, se cruzam, estabelecem e fortificam uma amizade de forma tão rápida, tão intensa, tão única?
Ele acha que na altura em que se conheceram ambos precisavam de um amigo, um amigo verdadeiro, que reconheceram um no outro…
Ela acha que no fundo foi por ele não ser assim tão perfeccionista, tão teimoso, tão racional ou optimista…
Porque apesar do seu elevado grau de exigência aceitou-a, sim, não sem antes a tentar mudar, sim, não sem antes a ter mudado, mas no fim aceitou-a como ela é, ou será que não? =)
Porque no fundo ele dá “o braço a torcer” quando sabe que não tem razão…
Porque afinal até é emocional como qualquer comum mortal…
Porque nem sempre consegue mostrar-se tão optimista como aparenta ser…ou talvez seja apenas a opinião dela…=)
Ela acha que talvez tenha sido as afinidades que encontraram entre tanta diferença…a fotografia por exemplo…ou então se calhar ela até nem fosse tão complicada assim e tivesse facilitado as coisas…
Mas talvez não tenha sido nada disto…apenas uma questão de sorte talvez?
Uma partida do destino quem sabe?
Mas também a quem interessará…?"

(...e ficou tanto por dizer, tanto por fazer, tanto por viver! I miss you so much...)


"Ela -...resumindo e concluindo, eu sou esquisita, tu és esquisito 
e a nossa amizade é esquisita...
Ele -...eu diria assim, o mundo é esquisito...
nós somos normais!"

18.8.13

Para ti… (estejas tu onde estiveres):


Para ti hoje mais uma vez escrevo, quebro a minha promessa de anos de aqui não voltar a publicar uma única palavra sobre ti…porque no fim de contas tornaram-se irrelevantes, todos os motivos que me levaram a promete-lo…
Criei este blog por tua causa, escrevi dezenas de textos exclusivamente para ti e nenhum me custou tanto como este…
Para ti hoje uma vez mais escrevo, na esperança que o turbilhão que me consome faça algum sentido, que cada palavra traga nela a chave que finalmente destranque as comportas que me prendem o choro, que imponham alguma ordem na confusão da minha mente, alivie o aperto no peito e que por fim consiga resignar-me com a situação…
Sinto-me oca, completamente vazia, não consigo chorar ou sequer pensar direito, espero sinceramente que a minha fé perdure sobre o teu ateísmo onde quer que te encontres, e que consigas sentir o quão contigo afinal sempre me importei, mesmo que todos os meus mecanismos defesa por vezes te induzissem o contrário…
Para ti hoje uma vez mais escrevo porque é por de mais difícil acreditar que nunca lerás o que quer que seja que deste desabafo saia. Não consigo acreditar (e muito menos aceitar) que já não estejas aqui, que não te voltarei a ver e o teu sorriso malandro com as covinhas que eu tanto invejava…
Quem vai agora desafiar-me a ser mais e melhor sempre, com a mesma determinação irritante com que tu sempre o fizeste? A quem poderei eu pedir conselhos sobre que filmes ver e livros ler, que me façam “pôr os neurónios a funcionar”? Como vou eu agora provar-te que uma vida plena de sentimento e emoção (por muito dolorosa que seja) é sempre preferível a uma movida apenas pela razão?
Não sei nem nunca soube lidar com este tipo de situação, as palavras perdem qualquer significado e os gestos pouco parecem aplacar a dor de saber que não estás mais aqui, quero estar presente para o nosso circulo de amigos e garantir que o mesmo esteja bem dentro do possível e depois então pensar em mim…mas tenho medo que ao fazê-lo me negue o direito de te chorar devidamente e por isso, agora, no escuro do meu quarto te escrevo…
Para ti hoje mais uma vez escrevo, para te agradecer teres feito parte da minha vida nos últimos…5 anos (apenas? Parecem tantos mais…), por me teres fascinado e incitado a ser um ser humano melhor, a ver as nuances coloridas no cinzento da minha vida, por (mesmo que erroneamente e de um jeito torto) me teres mostrado o que é gostar de alguém a sério e que no fundo o desejo de ser feliz que eu tanto perseguia, há muito já se tinha concretizado. Obrigado por seres um dos meus melhores amigos, te mostrares disponível e presente mesmo fisicamente longe, pela preocupação em me “tirares da terrinha” que sempre me fez revirar os olhos, por me incitares a mudar sem nunca duvidar do que eu era capaz...pelos inúmeros cafés e horas de conversa sobre tudo ou sobre nada…
A carta vai longa e sinto que ainda não consegui descrever minimamente 1/3 daquilo que sinto ou daquilo que inevitavelmente acabou não sendo dito…talvez amanhã volte a tentar e tenha mais sucesso…
Para ti, hoje uma vez mais escrevo por que a  ideia que todos os teus sonhos e desejos tenham sido para sempre condenados ao incumprimento, devido a uma morte trágica e tão estúpida é insuportável…porque a vontade de ter bater por tamanha irresponsabilidade (mesmo que provavelmente nem tenha sido tua) apenas não é maior do que a vontade que tenho de te abraçar e te ouvir dizer que foi um mal-entendido, um engano, que está tudo bem, para não me preocupar…


Já me fazes falta e acho que nunca me vou habituar a isso…

"A vida ensinou-me a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração."
Charles Chaplin

3.8.13

Eu e o amor II

Já falei sobre o que para mim é o amor aqui...e é provavelmente por esta visão tão "cor de rosa" do mesmo que continuo sozinha...sou exigente neste quesito, muitos dirão mesmo que demasiado intransigente ou até "antiquada" sobre o que uma relação deve (ou não) representar para as duas pessoas que dela fazem parte..
Sim, escolho permanecer sozinha quando a única alternativa a essa solidão seria uma relação vazia, por "conveniência" ou quando o tal almejado amor só parece existir de uma da partes...
Não sou o género de pessoa que receia acabar os seus dias sozinha (prefiro mil vezes a minha solidão do que ter uma relação apenas "porque dá jeito"), sou complicada (na maioria das vezes até demais) e casmurra...mas acredito que se ainda não aconteceu foi porque ainda não foi o momento certo e que quando e se tiver que acontecer, o meu príncipe (des)encantado aparecerá...e isso permite que na maioria das vezes lide bem com todos os comentários do género: "então mais ainda estás solteira?" ou "já estás um bocadinho atrasada não? Olha a tua irmã, mais nova e passou-te a perna" que inevitavelmente a família e/ou os amigos  acabam por fazer...
Contudo há dias que nem sempre é assim tão fácil...há dias que a companhia dos "meus" me é insuficiente para preencher aquele "não sei quê" que a minha mente teima em achar que me falta....dias em que me vejo "a mais" (mesmo que por vezes apenas na minha cabeça) entre os cada vez mais casais do meu circulo próximo de afectos, dias em que tenho a nítida sensação de que permaneço irremediavelmente estagnada no tempo enquanto que à minha volta tudo avança e invariavelmente se transforma...há dias como o de hoje em que os pilares das minhas convicções se sentem ameaçados e uma incerteza enorme me assola...


"Ser solteiro não significa que você não sabe sobre o amor...
Significa que você sabe o suficiente,
para não perder o seu tempo com qualquer pessoa."
Guilherme Assemany

*Foto encontrada aqui: http://favim.com/image/288649/


20.7.13

Desabafo #1

...às vezes a mesquinhez  e crueldade de certas pessoas, faz-me questionar se realmente poderão ser consideradas seres humanos...já vi animais ditos irracionais com "melhor coração" --"

9.7.13

Os meus pequenos nadas: o filme da minha infância...

Como qualquer criança (acho eu!) dos anos 90, a minha infância foi marcada pelos filmes da Disney (quer fossem os oficiais ou uma das "milhentas" adaptações low-cost que existiam na época) desde da Bela e o Monstro, à Mulan...cresci e tornei-me adolescente entre histórias de príncipes e princesas (devendo-se muito a este facto, o meu romantismo crónico e lamechas), mas de todos nenhum me tocou tanto como aquele cuja imagem ilustra este post...durante anos achei que se devia sobretudo à música representada na mesma imagem (fazendo a mesma, parte do top 5 das músicas da minha vida), contudo apercebi-me recentemente que elejo este filme como O filme da minha infância....por nele conter, mesmo que por vezes muito disfarçadamente e/ou superficialmente tanto de mim...daquilo que fui e sou, já acreditei ou ainda acredito :)



...e vocês? 
Se tivessem que escolher
o filme da vossa infância, qual seria?


"Na infância, o que se ouve ou o que se vê não sobe para o cérebro. Desce para o coração e aí fica escondido."
(Humberto de Campos)

*foto encontrada aqui: http://imgfave.com/view/1175808