29.12.11

De 2011

No baú das memórias,  de 2011, quero guardar:
*os jantares e saidas com muitas garagalhadas e música à mistura.
*a  emoção da MINHA semana académica
       -o nó na garganta do jantar de curso
       - o choro e os abraços da serenata
       - a noite dos Xutos
       -o baile pipi
       - a cerimonia da queima, com lágrima no canto do olho e o eco constante das ausências tão importantes
       - a loucura do cortejo
* todas e cada uma das pessoas que se eternizaram nas minhas fitas e no meu coração
*todas as pessoas  maravilhosas que redescobri
*a mensagem de "feliz aniversário" que não recebi (e não esquecer quando o coração mais saudades sentir)
*todas as contrariedades e dissabores que me obrigaram a ser mais e melhor
*as lágrimas e noites em branco com que as desilusões me brindaram
*a aprendizagem pessoal que o meu estágio me trouxe
*a necessidade em que se tornou o voluntariado e as pessoas para e com quem o faço
*uma conversa tida sob o olhar das estrelas
*o pseudo trabalho de verão
*a "mãe" que cuida de mim só porque sim
*a prenda da afilhada feita especialmente para mim
*o dia em que percebi que te "esqueci"...



(excepcionalmente sem citação)

23.12.11

Mero desabafo

Porque dias há em que precisamos/queremos um pouco de atenção, um abraço sentido e um "continuo aqui" que nos dê alento para continuar...
Porque por muito que tentemos há coisas que não dá para remediar, o tempo é uma delas, e aquela amizade, as afinidades que nos ligavam parecem ter ficado bem lá no passado. As conversas fluem tão facilmente, mas aos meus ouvidos chegam  como se apenas de ruído de fundo se tratasse, histórias onde eu não estive presente, são contadas e planos que não me incluem começam a ganhar forma...
A mim só me apetece fugir dali, gritar bem alto e deixar que no escuro do meu quarto as lágrimas levem com ela toda esta dor que me atormenta...
Porque há dias em que nos sentimos a mais num grupo de amigos, há dias em que percebemos que já não os conhecemos de todo, há dias em que finalmente entendemos que "amigos" só o são ainda na nossa cabeça e no nosso coração...
(Sobretudo há dias em que percebemos como a  demonstração de preocupação por parte de alguém era tão importante para nós)

22.12.11

No meu mundo...

No meu mundo, sou princesa se assim o quiser, uma princesa forte e corajosa ou insegura e frágil, dependendo da ocasião.
Tenho um castelo enorme, cheio de passagens secretas e muros bem altos, construídos com todas as pedras que se vão cruzando no meu caminho, que me protegem das investidas de inimigos cruéis e que resiste de forma calma e serena à força destruidora da natureza.
No meu mundo, sou dona de um castelo robusto e resistente…mas apenas quando observado de fora, apenas quando as portas estão fechadas e a entrada está vedada, pois o seu interior é bem diferente. A sua estrutura assemelha-se à instabilidade de um castelo de cartas, minada por todas as minhas inseguranças e medos e as suas paredes são construídas com as marcas e vestígios de todas as batalhas perdidas ou ganhas.
No meu mundo, sou princesa detentora de uma escolta real personalizada que me segue para todo o lado, que me cerca e protege quando o perigo espreita ou as consequências de decisões mal tomadas se manifestam. Escolta essa que “toma as minhas dores” como se fossem suas e não me permite desanimar, que está sempre presente e vai testemunhado bons e maus momentos.
No meu mundo, sou princesa de um castelo e de uma escolta real…e por ambos sou responsável. Tento reinar para que o castelo não desmorone e que a escolta só testemunhe sorrisos e afectos em meu redor, sem nunca sentir necessidade de intervir, mas nem sempre se mostra uma atarefa fácil.



"Era necessário agir, equilibrando a possibilidade de coragem com a possibilidade do fracasso, com a mesma determinação de um artista de corda bamba quando se entrega à tarefa de a atravessar: nunca, em ocasião alguma, deve olhar para a distância entre si e o solo, para que a possibilidade da queda não precipite a própria queda". João Tordo - As 3 Vidas

16.12.11

Escolhas

Um dia face a tantas desilusões e dissabores  vi-me perante a necessidade de fazer uma escolha entre: tornar me como as pessoas que me desiludem, sendo fria e desinteressada por quem gosta de mim ou continuar assim, a dar todo o que tenho por quem me é importante, dizer sempre que me apeteça o quanto deles gosto, demonstrando-o em atitudes e pequenos miminhos simbólicos...decerto que é bem mais dificil a concretização desta última opcção, o caminho é feito com muitas lágrimas, sofrimento e dúvidas mas a questão acaba sempre por se resumir a uma: se quero ter retorno de quem quer que seja não deverei ser eu a dar o primeiro exemplo??? E a resposta, por enquanto continua a ser a mesma...





“Be the change you want to see in the world.”

Mahatma Gandh



6.12.11

...é mais ou menos isto...

... o tema saudade fez deste blog moradia e daqui não pretende sair tão cedo...os sentimentos esses andam num turbilhão e recusam-se a fazer qualquer tipo de sentido na minha cabeça ou nas minhas palavras...o tempo corre e eu vejo o passar sem pouco ou nada fazer...a vontade há muito que finca pé e se recusa a cooperar...aos que me acompanharam durante 3 anos sei dever um texto que expresse minimamente o que significaram para mim (não está esquecido apenas ainda em fase de elaboração), mas os dias têm sido assim, cinzentos como o tempo lá fora...ausentes de abraços apertados e sorrisos cúmplices...faltam me os braços que me instigam a continuar, que amortecem as quedas, falta me a velha rotina recheada de rostos que já mais quero esquecer...falta me saber notícias de quem me aperta o peito...porque o meu dia a dia é cheio de novas pessoas, boas e simpáticas, que me fazem rir e me oferecem colo (mesmo sem o perceberem) mas não apaziguam esta vontade quase incontrolável de chorar que ultimamente assola a minha mente quando menos espero...


 dizem por aí "nada que valha a pena vem facilmente" (a ver vamos acrescento eu)


Ao som de: Keep holding on Avril Lavigne