28.2.12

Estado de espírito

...e  ainda dói, mais do que me lembrava ou gostaria, cada vez que me recordas (mesmo que de forma não intencional) que cada uma das promessas feitas continuam por realizar, condenadas por ti ao esquecimento, mas sempre presentes em mim, mesmo quando delas por vezes finjo não me lembrar.
Adorava não ter esta memória de "elefante" que não me deixa esquecer cada palavra outrora proferida e gostava ainda mais de não ter este coração que continua a gostar e a se preocupar mesmo depois tantas vezes espezinhado.

(..sei bem que há muito já eu deveria ter aprendido, que de ti, nada posso esperar e que é esta, a melhor forma para conseguir desfrutar, as "migalhas" de afecto e atenção que por vezes te lembras de oferecer, mas nem sempre a razão leva a melhor nesta eterna luta com a emoção...)

"Tem coisas que palavras não dizem, somente o olhar expressa, e o carinho confirma."
 (Mário Pires)

27.2.12

As amigas



De quem são as gargalhadas que ouço? Serão daquelas jovens que ali adiante caminham?
Sim, devem ser delas, elas riem, brincam, dizem disparates, partilham segredos e novidades.
Ao mais distraído espectador desta tão usual cena de certo não se aperceberá que aquele passeio, aquela tarde se trata de um reencontro de velhas amigas, de amigas que já passaram por tanto juntas, de amigas que em determinado momento seguiram caminhos diferentes.
Mas elas mudaram, já não são as mesmas que outrora foram, cada uma do seu jeito, a seu tempo, mudou, é diferente naquela tarde. Poderá a amizade ainda ser a mesma?
Provavelmente não.
As pessoas mudam, tal como as suas prioridades. Nada volta ser o que já foi, a cumplicidade diária perde-se nos dias em que não se falam. A intimidade, o à vontade diminuem, mas poderá por breves momentos a magia acontecer e todo voltar a ser igual?



26.07.2010*
 
*...e hoje mais de um ano depois, sei que não, a vontade existe de ambas as partes, mas por algum motivo que ainda não consigo perceber, apenas por momentos as coisas voltam a ser como foram outrora.
 
 
 
"Se tens um amigo, vista-o com frequência, pois as ervas daninhas e os espinheiros invadem o caminho por onde ninguém passa..."
Provérbio árabe






p.s. Não sei se é por eu ser um zero à esquerda nestes assuntos cibernáticos ou problema da net mas a verdade é que desde sábado que não consigo comentar blogs que não tenham os comentários a aparecer num janela à parte...eu tento comentar mas quando vou a submeter aparece um tringulozinho com um ponto de exclamação e eu fico sem saber se o comentário foi ou não foi guardado.
Quando começo a seguir um blog gosto de deixar um comentário a avisar e a explicar porque o sigo, nos últimos que comecei a seguir não o pude fazer, exactamente por este problema. Fica registado o aviso, não é má vontade minha é mesmo burrice!! =)
Quem me souber explicar como resolver a situação fico muito agradecida!


24.2.12


....e ela voltou! Depois de quase quatro meses longe:
* as parvoíces ditas da boca para fora,
*as gargalhadas até  doer a barriga,
*as músicas cantadas fora do tom,
*as brincadeiras e conversas que apenas para nós fazem sentido,
* as frases que uma começa e a outra acaba,
VOLTARAM...confesso já me faziam falta, o dia assim corre tão mais depressa e até o trabalho se torna mais convidativo!


23.2.12

Nostalgia, música, memórias e uma boa dose de parvoíce

De vez em quando dá-me assim uma nostalgia e dou por mim a ouvir músicas que marcaram o meu passado. Esta é uma delas (a letra talvez não seja nada de especial, mas tendo em conta que foi escrita quando o Sérgio tinha 12 anos dá-se um desconto...).
Ouvi-la transporta-me  imediatamente para uma noite perdida algures pelos meus anos de adolescente, testemunha silenciosa de uma serenata ao luar feita por um rapaz completamente apaixonado...foi das coisas mais ternurentas que testemunhei na vida, e é exactamente por estes pequenos grandes pormenores que a romântica que há em mim faz ouvidos moucos ao seu lado racional que em vão lhe berra que a pessoa teria 13/14 anos e mal saberia o que é amor, bate o pé e se recusa a acreditar que algures por esse mundo não andará o seu príncipe (des)encantado.
(Mesmo quando os rapazes que conheço pareçam ter caído de forma colectiva num poço de estupidez e pareçam estar cada vez mais inreconhecíveis...)





p.s. (não, a música não me tinha como destinatária!)

"Que venham os príncipes desencantados, porque encantados mesmo tá difícil encontrar no mercado. "  Ninah Alves

22.2.12

Deixem-me falar-vos de uma das cidades de um Reino Maravilhoso: Vila Real

Cresci entre terras suíças e portuguesas, entre em constantes viagens, conheci as paisagens espanholas, francesas e alemãs.
Visitei os Alpes Suíços, o lago de Zurique ou os mais variados recantos da terra que todos os Verões era a minha casa.
Faço parte de uma família enorme, espalhada por Portugal e terras Franco-suíças, devido a ela conheço Braga, Famalicão, Lisboa, Porto, Algarve e Alentejo, nas paisagens amareladas e serenas deste último encontrei refúgio quando mais precisei...mas sempre voltei ao norte.
Sou transmontana de gema, orgulhosa vila-realense, adoro viajar, sozinha ou acompanhada, e ver o que me espera para lá do Marão. Mas não trocava as minhas montanhas de paisagens verdejantes, nem o meu Douro vinhateiro por mais apaixonada que seja pelas searas alentejanas ou as paisagens suíças que tornam tão maravilhosos os postais que delas guardo, muito menos as festas da minha cidade no verão ou em plena época de santos populares...

Porque aqui, o progresso talvez demore a chegar e nem sempre me é fácil aceita-lo mas talvez seja esse facto que ainda permita desfrutar o ar puro no parque da cidade, não perder horas e horas em filas de trânsito.
Sou uma das ditas "jovens do interior" motivo de reportagem da SIC no Domingo passado e adoro tal facto. Não sou citadina, muito pelo contrário, sou menina da aldeia com o maior orgulho, gosto de conhecer todos os meus vizinhos, poder sair e pedir emprestado uma caneca de "açúcar", participar nas festas tradicionais da terrinha, não saber o preço a que estão os vegetais ou o azeite num supermercado por ser algo que aqui em casa sempre se cultivou.
Sou natural de uma terra habituada a ver partir os seus em busca de melhores oportunidades, sou filha e sobrinha de pessoas que isso fizeram e como tal sei perfeitamente que num Portugal cada vez mais difícil de viver esse será também o meu caminho. Mas sei, tal como eles é aqui que sempre regressarei, pois é aqui que a minha alma pertence!


(andasse eu inspirada e talvez assim conseguisse transmitir melhor a essência deste Reino Maravilhoso, assim deixo-vos as palavras de Miguel Torga, ele sim verdadeiro escritor que melhor que eu descreveu esta paixão como um só filho desta terra poderia fazer)


" (...)
- Para cá do Marão, mandam os que cá estão!...
Sente-se um calafrio. A vista alarga-se de ânsia e de assombro. Que penedo falou? Que terror respeitoso se apodera de nós?
Mas de nada vale interrogar o grande oceano megalítico, porque o nume invisível ordena:
- Entre!
A gente entra, e já está no Reino Maravilhoso.
A autoridade emana da força interior que cada qual traz do berço. Dum berço que oficialmente vai de Vila Real a Chaves, de Chaves a Bragança, de Bragança a Miranda, de Miranda a Régua.
Um mundo! Um nunca acabar de terra grossa, fragosa, bravia, que tanto se levanta a pino num ímpeto de subir ao céu, como se afunda nuns abismos de angústia, não se sabe por que telúrica contrição. (...)"
Miguel torga *


*quem quiser ler o texto na íntegra é favor clicar: http://sigurhead.blogs.sapo.pt/22462.html

p.s. foto retirada do facebook Daniel Camacho photografy

21.2.12

reflexão diária (ou então um momento de puro egocentrismo!)

...por vezes há coisas que nos fazem parar, tirar cinco minutos do nosso dia e reflectir.
 Fazer um balanço de todo um caminho pecorrido, avaliar os ganhos e as perdas e perceber o que foi aprendido.
Hoje como nunca percebo que tudo tem o seu tempo, que se o desfecho de algo foi de determinada maneira era porque assim teria que ser.
Agora mais do que nunca acredito que melhores dias me esperam e que todos os percalços do caminho apenas servem para que quando eles chegarem saibam valorizar e agradecer diáriamente o que me foi dado.
Hoje, não poderia estar mais orgulhosa em quem me tornei e nas escolhas que fiz...(sei que para quem lê poderá soar a egocentrismo na falta de palavra melhor, mas quem me conhecer decerto saberá como o caminho até tal conclusão foi difícil e árduo para uma pessimista crónica).



"Nossas atitudes escrevem nosso destino. Nós somos responsáveis pela vida que temos. Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não poderemos fazer pelos outros. Quanto mais depressa aprendermos isso, menos sofreremos."

                                                                                                                                    Zíbia Gasparetto

19.2.12

Porque o prometido é devido...;)

Porque o meu querido e adorado relatório me tem "roubado" todo o tempo e esgotado até à exaustão a minha imaginação e inspiração para escrever alguma coisinha de jeito. Cumpro hoje uma promessa e partilho 3 selinhos que 3 amores se lembraram de oferecer aqui a este cantinho...
Ora vamos lá:


"Liebster em alemão significa: favorito, querido, amado. Recebê-lo significa que o seu blog é muito querido pela pessoa que o presenteou."
As regras são:

Link de volta com o blogger que lhe deu: ora portanto foram as meninas: paula e Letícia

Cole o selo no seu blog: feito

Escolha 5 blog's para passa-lo, que tenham menos de 200 seguidores

Deixar comentário a avisar que estão a receber o selo.
 
 

 (oferecido uma vez mais pelas meninas citadas  em cima)
 
Regras:
Responder às perguntas

Passar a 10 blogs

Eu sou: Complicada, tanto que tenho muita dificuldade em me definir mas sou sempre: sincera, leal e teimosa

Gosto Musical: variável consoante o estado de espírito e companhia, vai desde do rock ao fado, o essencial é que a música me conquiste de alguma forma seja pela letra, sonoridade ou pelas memórias que desperta
Comida: gosto muito simples um arroz de atum seguida de uma mousse de chocolate está óptimo


Desenho:  de que género? Sou fã de banda desenhada principalmente mafalda e calvin and Hobbes, na tv não resisto ao Tommy and Jerry, Dragon Ball e qualquer coisa  da Disney (pirosa eu sei!!)


Amores da minha vida: Família (sou uma filha, irmã, prima e sobrinha muito babada diga-se de passagem) e amigos
Coisas que não gosto: ui tanta coisa (que até já escrevi um post sobre o assunto)!! Pessoas falsas e cínicas,  falta de pontualidade, do frio, de tomate e cebola crua, de ter que tomar decisões...

Opinião sobre o panorama sócio-político em Portugal: cada vez mais degradante e vergonhoso
O que mais odeio: odiar é uma palavra muito forte...mas o que mais me irrita é ser alvo ou presenciar injustiças

Humor: variável conforme a hora do dia, a companhia, o estado de espírito, as horas de sono...
Frases mais ditas por mim: "tipo..." , "...ai a minha vida!", "mas isto anda todo maluco?" "...a serio?"
Informações pontuais sobre mim:

Nome: Ana Sofia

Signo: Touro

Estás apaixonada? Não.

Já fugiste de casa? Não.

Ris-te de coisas bobas? Sim, principalmente se estiver com a minha melhor amiga.

Já beijaste na chuva? Não, mas gostava muito...

Já tiveste o coração partido? Quem nunca teve?
Já partiste o coração de alguém? Não sei muito bem, até hoje não consegui perceber se o moço em questão estava a falar a sério ou se estava apenas na brincadeira...

Estás com saudades de alguém neste momento? Sim, acho que a palavra saudade é intrínseca à minha existência...

Já pensaste em matar-te? Não.

O teu cabelo odeia-te? Cada vez mais e faz birra quando menos deve!

Tens medo do escuro? Não, adoro deitar-me no escuro a ouvir música aliás muita claridade faz-me impressão.

Tens alguma tatuagem? Não. Tenho pavor a agulhas!
Música:

Gostas de ouvir a música muito alta? Não

Lembraste dele quando ouves uma certa música? ui o "ele" pode ter tantas interpretações mas sim certas músicas lembram-me certas pessoas

Já foste a um concerto da tua banda favorita? Sim
Qual a tua música favorita? Tenho várias mas as o meu top 3 por basicamente me definirem serão sempre: Cinderela- Carlos Paião; Chuva- Mariza e that´s what friends are for (desconheço a autoria original)


Cinema e Televisão:

Amas filmes românticos? Na maioria dos dias gosto (ou não fosse eu uma romântica melosa) mas quando estou com a "neura" irritam-me profundamente.

Comédia ou terror? Comédia sempre desde que não seja com piadas brejeiras e de cariz sexual, terror só se for muito bem acompanhada!

Qual a tua série preferida? Ui não consigo escolher apenas uma...são tantas e tão variadas, talvez  a clássica friends

Qual é o teu filme preferido? A walk to Remember entre tantos outros.
Literatura:

Gostas de ler? Muito

Qual foi o livro que marcou a tua vida? "E porque não eu?" pela lição de vida e de coragem

Qual o livro que odiaste ler? não foi bem odiar...foi mais que me custou muito a acabar pela discrição exagerada e demorada: Os Maias.






As regras são:
Dizer quem ofereceu o selo: mais uma vez as meninas Paula e Letícia e ainda a simpática Soraia obrigada novamente..=)

Responder às seguintes perguntas:

De onde surgiu o nome do teu blog? Da vontade que todo o que aqui fosse escrito/partilhado fosse sempre um reflexo do que sou e do que gosto....

Os teus familiares/amigos sabem que tens um blog? Sim, mais amigos do que familiares, apesar de raramente o visitarem...não faço questão de o divulgar porque me faz um pouco de impressão que as pessoas que me são mais próximas o leiam, exactamente por estarem presentes ou saberem para quem ou sobre o quê certo texto fala (eu bem disse que sou complicada!)

O que mais desejas, neste momento da tua vida? Ver este relatório terminado e avaliado se possível com uma nota decente

Mostrar uma imagem que signifique algo importante para ti
(porque poucas coisas têm o poder de um abraço)



...e quem conseguiu ler o post inteiro sem adormecer sinta-se à vontade de levar os selinhos pois por motivos já antes explicados não ou repassar a ninguém em particular...;)

17.2.12

Das pequenas coisas...


Uma pessoa decobre que cresceu quando...percebe que a felicidade está nas mais pequenas coisas.
 Não há muito tempo se me perguntassem se era feliz diria prontamente que não,  diria que me faltava ter X ou atingir Y. Mas a vida corre, cada vez mais indiferente ao que eu quero ou preciso e como tal aprendi que posso ser perfeitamente feliz...aqui e agora, com o que tenho e com o que já alcancei.
E sabem que mais? Não há sensação melhor!!
 Cada vez mais, dou por mim de sorriso rasgado no rosto no final do dia..."apenas" porque o passei junto de quem gosto, "apenas" por rimos e trocamos confidencias ou "apenas" porque tinha companhia (mesmo que silenciosa) durante um dia de "trabalho", vi as traquinices de uma criança ou porque hoje o sol brilhava lá fora, apesar do frio.






"Quantas vezes a gente, em busca da ventura,

Procede tal e qual o avozinho infeliz:

Em vão, por toda parte, os óculos procura

Tendo-os na ponta do nariz!"

Mário Quintana
p.s. sejam felizes sim?

15.2.12

Palavras que poderiam ser minhas #1 *

"Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.
Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"… é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer… Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".
Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida."
Martha Medeiros


*(quando o cansaço por estes lados reina e se recusa a deixar forças para fazer o que quer que seja...partilha-se um textinho com o qual não poderia estar mais de acordo! Espero que gostem)

Paz de espírito

Procurei a paz que levaste contigo no dia em que partiste em tantos cantos e recantos que se agora  todo os tivesse que enumerar não seria capaz.
Procurei-a na música, desde da  mais calma melodia até aquela que de música já pouco tem, ouvi mil vezes as músicas que eram nossas na esperança que fosse aí que ela tivesse encontrado abrigo.
Procurei-a em livros, histórias e historietas parecidas à nossa na tentativa de descobrir respostas que sossegassem o meu coração e permitisse o regresso da tão desejada paz de espírito.
Procurei-a na natureza, onde esta vinha sempre ao meu encontro se eu assim o quisesse, descortinei cada paisagem, cada lugar nosso ou apenas meu, observei atentamente o céu azul e a água cristalina do rio, escutei cada canto que esta tinha para me oferecer mas, pela primeira vez nada encontrei.
Procurei-a por fim em outros rostos, outros toques e carinhos iludindo-me ao pensar que finalmente teria descoberto a solução, mas era de outro género a paz que estes me ofereciam.
Exausta e bem perto de desistir descubro-a por acaso...ela chega de mansinho, instala-se sossegadamente em mim quando me sento assim, frente a frente,  sem um toque ou palavra sequer, apenas a tua presença...ali ao pé de mim.

"A amizade começa quando, estando juntas, duas pessoas podem permanecer em silêncio sem se sentir constrangidas"
Tyson Gentry

(...devaneio de hoje... ou então como a companhia das minhas pessoas me anda a fazer demasiada falta...acho que só à bem pouco tempo pude comprovar a exactidão desta frase..)

13.2.12

o nosso pequeno segredo

O que tu não sabes é que eu adoro fazer afirmações mesmo sabendo que as desmentirás logo a seguir, dizer que estou certa só para te ouvir dizer que estou errada, de fazer perguntas cujas respostas à muito sei de cor...
A verdade é que tu nem sonhas o sorriso nos meus lábios a cada não que tu dás aos meus diversos "sim's"...
Porque a verdade, mesmo que nunca a admitas é que eu te conheço melhor do que queres/gostas de admitir, leio-te num olhar, num gesto numa palavra ou na ausência dela e gosto mais do que queria  ter que admitir que adoro demasiado esse facto!
E assim vamos passando o tempo...tu fingindo que não o sabes e eu fingindo que não sei que tu o sabes...

"Olhos que olham são comuns.Olhos que vêem são raros."
J. Oswald Sanders

Os meus pequenos nadas...as pessoas

Sou só eu ou vocês também têm (ou já tiveram) uma (ou várias pessoas) na vossa vida de quem gosta (ra)m "instantaneamente" que não são/foram e nunca chegarão a ser vossas "amigas", não daquelas próximas ou íntimas....mas que vocês adoram mesmo assim?
Tenho uma capacidade enorme (e sinto dize-lo, na maior parte das vezes muito irritante na falta de melhor termo) de facilmente me identificar com as pessoas que vou conhecendo, seja na forma de pensar, nos gostos idênticos ou  em personalidades semelhantes...revejo-me em tantas pessoas que por vezes acredito ser apenas um conjunto mal organizado de pedacinhos de outros rostos, palavras ou sentimentos.
Tal facto quando juntado a outra das minhas características mais marcantes que é a sinceridade não se torna propriamente fácil de lidar. Confio muito facilmente, deu sempre o melhor de mim e partilho a minha história de vida com uma facilidade que me assusta...principalmente quando a vida me rasteja, me muda a direcção do olhar e me mostra essas mesmas pessoas de outro ângulo que não o cor de rosa que eu gosto tanto de ver...
Mas continuo a fazê-lo, e acho que o farei sempre...exactamente por essas pessoas...que não são minhas amigas...não no verdadeiro sentido da palavra...mas que me conquista(ra)m pela sua simpatia, amabilidade, disponibilidade e preocupação constante, apenas por sim...
Continuarei assim, a bater o pé e teimar em dar a outra face enquanto o facto de saber da existência de pessoas assim, me aconchegar a alma, me fizer dormir melhor à noite, tornar o meu dia mais alegre...



"Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo. "
 Mahatma Gandhi

10.2.12

Odeio quando o meu cérebro se lembra de fazer birra bloqueando, pura e simplesmente em frente a uma folha em branco...
O sinal intermitente do cursor fielmente à espera que algo novo seja digitado irrita-me ainda mais, tento vezes sem conta mas a minha mente continua completamente vazia e eu sinto-me mais que frustrada!
Os minutos passam e dão lugar às horas e o cursor continua a piscar, querendo lembrar-me constantemente que cada segundo desperdiçado é um luxo ao qual não me posso dar, não se quiser ter uma nota minimamente aceitável...
Depois de todas as peripécias e percalços com este estágio, escrever o relatório deveria ser a parte mais fácil...
Deveria, mas não é, porque a minha auto-exigência e perfecionismo deixa-me à beira de um ataque de nervos tal que dou por mim  a hiperventilar quase em lágrimas, com medo de não ter tempo suficiente para fazer um bom relatório porque pura e simplesmente o meu cérebro parece ter tirado umas férias quando mais preciso dele!!

9.2.12

Vamos combinar assim?

Ora portanto, as meninas Letícia e Paula (que são umas fofas e as únicas que se dão ao trabalho de comentar absolutamente todos os disparates e desabafos que neste meu cantinho se escreve...) ofereceram-me um selo ( o qual agradeço uma vez mais!) mas sendo uma das regras eu ter que passa-lo a 5 blogs com menos de 200 seguidores vejo-me forçada a rete-lo e guarda-lo só para mim (por enquanto) porque não sigo blogs suficientes que se enquadrem nessa regra!
Porque a verdade é que quando criei este blog o fiz apenas como uma válvula de escape para todo um conjunto de sentimentos que não podiam ser prenunciados em voz alta...como tal sempre o tentei manter o mais secreto possível, nunca me importei muito com o número de seguidores ou em listar e seguir oficialmente blogs que gosto de visitar diariamente...
Inicialmente seguia apenas blogs de pessoas que conhecia pessoalmente e apenas quando os meus textos começaram a ter comentários de incentivo e apoio de pessoas, que mesmo não me conhecendo de lado nenhum gostavam do que eu escrevia me senti na "obrigação" de fazer o mesmo...apenas nessa altura compreendi que mesmo virtualmente podemos encontrar pessoas que se importam, dão miminho e carinho apenas "porque sim"...
Hoje...comento diariamente dois ou três blogs, porque gosto de os ler e acompanhar os "pequenos nadas" das pessoas que os escrevem e porque estas me transmitem o feedback que preciso para o continuar a fazer...mas continua a ser-me difícil "dar a cara" e começar a comentar todos os blogs que sigo anonimamente, porque pura e simplesmente sou uma pessimista crónica que nem sempre acredita nas suas qualidades e prefere guardar as suas opiniões para si...
Vamos combinar assim...quando eu seguir 5 blogs que se enquadrem nas regras e os quais comente com regularidade eu repasso ok???
Complico o que é demasiado simples? Sim eu sei....defeito de fabrico desconfio eu!!

8.2.12

The perfect day (uma das suas variações pelo menos)

...e o dia de hoje resumiu-se a isto:
*Manhã passada no voluntariado, com muitas gargalhadas e risadas;
*Almoço numa óptima companhia onde confidencias foram reveladas;
*Aventuras rodoviárias destravadas;
*Lanche com duas amigas que estão longe mas sempre perto (no meu coração) com novidades a precisarem de ser partilhadas;
* Estudo acompanhado pela simpatia em pessoa;

Todo bem recheado de muitos abraços, beijinhos e miminhos é claro!!
ADORO ADORO ADORO dias assim, partilhados com as minhas pessoas...porque independentemente do que se faça, estará sempre ganho...

7.2.12

Lua...


Lua companheira minha, em tantas noites de insónia, testemunha de tantas gargalhadas e músicas mal entoadas.

Deixa que a tua luz acaricie suavemente quem de mim está tão longe, ilumina os seus passos, garante que chega seguro a casa mas brinca de esconde-esconde e talvez assim consigas despertar na sua memória a lembrança de uma noite perdida no tempo.

Lua, confidente nossa noites a fio, vigia-o uma vez mais, mas guarda segredo sobre quem e porque motivos te mandou, deixa-o adormecer e só depois de fininho entra pela frincha da portada e beija-lhe bem devagarinho a cara, deposita em cada face todo o meu amor, desalinha-lhe com carinho o cabelo e talvez assim de manhã ele fique intrigado...
Lua amiga minha, brilha uma vez mais esplendorosamente e quem sabe, se assim, hoje ele também não sentirá saudades minhas…


"Declare ao céu, ao tempo e ao vento...
 Declare ao sol,ao mar e a areia...
 Declare a lua ao dia e a noite...
 Declare ao mundo, ao espaço e ao infinito...
 Como simplesmente amar é o dom mais bonito."
                   Eliana Sidaco

(devaneio de hoje numa viagem de autocarro) 

6.2.12

Nova filosofia de vida


(...o primeiro passo é tentar, esse eu já dei, agora...Agora é esperar para ver...)


*ADORO este sentimento de leveza...

5.2.12

os meus pequenos nadas: a música

Se há coisa que melhora o meu dia e o meu estado de espírito é a música...como tal não dispenso o meu mp3 sempre na minha mala para onde quer que vá. Adoro por os phones e deixar-me mergulhar na melodia enquanto a paisagem vai mudando lá fora quase tanto como adoro deitar-me no escuro embalada por uma letra que de uma forma ou de outra me diz algo enquanto vou imaginando videoclips para as mesmas ou enquanto deixo as lágrimas cairem e levarem para longe a tristeza que me atormenta...
Não tenho cantor/banda preferido/a ou sequer um género, gosto de músicas que me conquistem pela letra (tantas vezes banda sonora da minha vida), ou então pela melodia, que me falem ao coração e que me façam dizer "esta sim, poderia ter sido escrita para mim". Gosto de músicas que me recordem de algo ou alguém, que consigam quase instantaneamente transportar-me para aquele momento, para junto daquela pessoa...
Sou fã incondicional de musicais e duetos, adoro aquele impressão de que duas pessoas mantêm um diálogo através de uma simples canção, gosto de videoclips trabalhados que me contem uma história para além daquela que a música me mostra...
Talvez por isso esteja cada vez mais fã desta banda em particular a cada nova música que descubro gosto mais e mais...


"Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música."
Aldous Huxley

4.2.12

Alturas há em todas as minhas palavras ficam aprisionadas na garganta e dou por mim domada por uma incapacidade sufocante de não conseguir expressar aquilo que atravessa a minha mente e/ou o meu coração...
Hoje é um desses dias e apesar de poder escrever mil e um post's sobre mil e um assuntos diferentes não resisto à necessidade de escrever precisamente este...porque hoje está muito difícil de lembrar todo os percalços do caminho que nos afastaram e continuar a resistir a não te dizer que apesar de tudo, continuo aqui sempre que precisares de mim, mesmo que tal seja para sempre sinónimo de sofrimento.
Dou por mim a interrogar-me do porquê de tal vontade se tu nunca demonstraste o mínimo interesse em estar aqui quando eu mais precisei...e a única resposta que encontro é que por mais que queira não consigo deixar de me preocupar com as pessoas que de uma forma ou de outra foram importantes na minha vida.
Por isso cruzo os dedos e desejo com todas as minhas forças que te apercebas disso...

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. (...)
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. (...)" Vinícius de Moraes


(...e mais uma vez concluo que só posso ser masoquista!!)

3.2.12

Disparates do coração II

...e não é que depois de eu me interrogar por onde andaria ele o encontro e vejo quase a semana toda?
Ai menino dos olhos verdes, já deixavas de me olhar dessa forma intensa e penetrante que me obriga a desviar imediatamente o olhar e a corar feito criança embaraçada por ser apanhada em flagrante a fazer asneira!
Mas o estágio terminou e não voltarei a cruzar-me contigo no autocarro (de forma intencional ou não), não irei mais sorrir e pedir num fio de voz se te importes que me sente no banco ao lado do teu, nem andar todo o dia com um sorriso idiota na cara por pareceres "materializar-te" bem ali à minha frente quando o autocarro apinhado de gente pára na tua paragem. Contudo ainda andarei perdida nos próximos dias pelos campos da nossa Universidade, por isso se e quando nos voltarmos a cruzar ganha a coragem que eu não tenho e pede-me o número sim?

(...e não, ainda não é hoje que publico a última parte do post anterior, o dia foi emotivo demais para que consiga a energia e concentração necessária que tal exige!)

1.2.12

Deambulações académicas...(ou então o tão prometido texto...ou quase)

Volto por instantes à casa que foi a minha nos últimos três anos, passo por corredores vazios, portas entreabertas e sussurros de aulas a serem dadas, cada recanto projecta-me para um passado ainda tão fresco, cada canto me lembra de histórias, de pessoas que jamais quero esquecer…


Os campos lá fora relembram-me a minha vida de caloira, a ansiedade que antecipou o primeiro dia de aulas e que não me deixou dormir, a tão temida praxe, o almoço tomado a correr pois chupetas precisavam de ser compradas e placas feitas. Os risos à socapa dos doutores e o cheiro intenso à polpa de tomate estão tão vivos na minha memória que quase os ouço e cheiro novamente.

O diploma lá continua na parede do meu quarto mostrando a quem nisso tiver interesse o orgulho de ter “sobrevivido” a tão “cruel e dura” praxe, ter participado na praxe de veteranos e de curso, ter sido baptizada com o nome de abracinho e adorar tal facto.

Abraços eram aliás uma constante, distribuía-os à medida que deles ia precisando, teimando em não pedir autorização na maioria das vezes e assim amizades foram sendo feitas umas por puro acaso outras por necessidade, a “tribo” ganhou forma e momentos hoje memoráveis foram ocorrendo entre trabalhos de grupo, estudo e saídas.

Volto ao presente e o coração fica apertado, a saudade reclama por atenção e recusa-se uma vez mais a ser ignorada, no caminho de regresso a casa é impossível conter a corrente de pensamentos e recordações que inundam a minha mente, silenciosamente enumero cada um dos nomes que ao nome desta faculdade estão para sempre associados, interrogando-me o que deles será feito ou como os poderei reunir a todos novamente.

Já em casa tiro a capa preta do armário, consigo narrar a história de cada emblema e mancha que nesta existe…não resisto, ponho-a novamente aos ombros e deixo-me transportar para todas as vezes que a enverguei, experimentando-a euforicamente na loja, usando-a incorrectamente o jantar de curso inteiro, transbordando de felicidade ao vê-la traçada pelo padrinho na serenata, abrigando-me nela quando a chuva marcou presença no caminho para novo jantar enquanto “grande animal”, o respeito (ou nem tanto assim) que impôs enquanto fui praxadora, a água que limpou na cabeça da afilhada, das serenatas e declarações que presenciou, do frio do qual me abrigou ou das centenas de fotos na qual foi protagonista.
E eis que o telemóvel toca, com uma nova mensagem recebida: "Vou estar por esses lados, vamos tomar café e desfiar velhas meméorias? Tenho saudadinhas tuas"(…)

Continua...